INVESTIGAÇÃO

Daniel Alves: ex-companheiro de cela revela plano secreto do jogador

O brasileiro está preso desde janeiro de 2023, acusado de violência sexual por uma jovem em uma casa noturna de Barcelona

Daniel Alves.Créditos: Reprodução/Redes Sociais
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Preso desde janeiro de 2023, acusado de estupro por uma mulher de 23 anos em uma badalada casa noturna de Barcelona, na Espanha, o brasileiro Daniel Alves, depois de julgado, ainda aguarda o veredito sobre seu caso.

Uma nova informação sobre a conduta do jogador foi divulgada por um ex-companheiro de cela de Daniel: o brasileiro tinha um plano secreto e pretendia fugir para o Brasil, caso recebesse liberdade condicional.

“Se lhe concederem a liberdade provisória até o julgamento, ele iria para o Brasil de certeza”, afirmou o homem, neste final de semana, em entrevista ao TardeAR, programa de televisão de Portugal.

Segundo a jornalista Silvia Álamo, do canal de TV espanhol Telecinco, os funcionários da prisão onde Daniel Alves está detido tinham conhecimento do plano de fuga do jogador.

O lateral-direito teria, inicialmente, contado seu desejo de escapar apenas para um companheiro de prisão, que o teria traído ao revelar detalhes para outros detentos. “Ele estava trabalhando naquele momento na cozinha e estava contando o que Alves havia lhe contado, que seu plano era fugir para o Brasil e ele o fez, de propósito, na frente dos agentes penitenciários”, afirmou Silvia Álamo, durante o programa TardeAR.

Depoimento e nova versão

Daniel prestou depoimento no dia 7 de fevereiro, durante o terceiro e último dia do julgamento, no Tribunal Superior de Justiça da Catalunha.

O jogador chorou em seu depoimento e contou que estava muito bêbado no dia do suposto estupro. “Pedimos cinco (garrafas) de vinho, um uísque e um saquê. (Tomei) mais ou menos uma e meia ou duas garrafas de vinho, e um copo de uísque”, declarou o jogador.

O brasileiro mudou seu depoimento pela quinta vez e, agora, alegou abuso de bebidas alcoólicas no dia em que o crime teria acontecido. Na Espanha, o consumo exagerado de álcool é atenuante. que pode reduzir a pena do crime até pela metade.

Depois disso, Daniel negou que tenha forçado a denunciante a praticar relações sexuais. “Ela estava na minha frente e começamos a relação. Lembro que ela sentou em mim. Não sou um homem violento. Não a forcei a praticar sexo oral”, disse o jogador.

A decisão final da Justiça sobre o caso deverá ser anunciada na próxima semana.