Imagens de câmeras de segurança divulgadas nesta terça-feira (30) mostram Marcos Braz, vice-presidente de futebol do Flamengo, em um verdadeiro dia de fúria, partindo pra cima de Leandro Campos, torcedor do clube, dentro de shopping na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, e o agredindo com socos e chutes. A primeira pancada se deu após o dirigente ser filmado correndo pelo shopping e foi desferida pelas costas na altura do pescoço do jovem.
Logo a seguir a dupla cai no chão e as agressões continuam. Braz se levanta e chuta a cabeça do torcedor. Ao contrário do que o dirigente declarou à época, ele estava acompanhado de seu segurança Carlos André, que o acompanhou nas agressões.
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O fato ocorreu em 19 de setembro de 2023 e, à época, circularam imagens feitas por frequentadores do shopping que só pegaram o final da confusão, quando Braz e o jovem entregador de aplicativo já rolavam no chão.
De acordo com o jornalista Venê Casagrande, do SBT, Braz alegou que estaria acompanhado das três filhas comprando um presente quando foi agredido verbalmente.
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Em coletiva de imprensa dada dois dias depois, onde vestia um elegante terno e falava manso e firme, Marcos Braz confirmou a informação do jornalista e deu maiores detalhes. Entre outras coisas, negou que estivesse com seguranças e apresentou uma narrativa em que valoriza seu suposto autocontrole.
“Eu estava na loja e duas ou três pessoas começaram a fazer cobranças [sobre o Flamengo], começaram a fazer vários eventos. Nesse momento, que durou alguns minutos, eu não abri a boca. Cobranças e ameaças e não abri a boca. Tudo o que estou falando vai estar nas imagens (…) Eles foram embora e eu continuei lá na loja. E a minha filha chega com duas amigas e eu comento com a pessoa ao lado: ‘graças a Deus que ela não estava aqui’. Ela me dá um beijo, olha o que quer na loja e daí sai da loja para olhar uma vitrine ao lado. Logo que ela faz esse movimento, chega o cara que deu o problema. Ele chega e começam as ameaças. Dessa vez de maneira diferente e minha filha estava ali. Eu falo pro cara: ‘já vieram aqui, cara. Tu está me ameaçando e minha filha está aqui’, nisso perdi o raio de visão dela. E pensando na minha filha, que estava vendo o pai ser ameaçado de morte, isso foi me tirando do sério. Fui falando com ele, indo na direção dele, falei sistematicamente, várias vezes, que minha filha estava ali. A última frase dele foi ‘foda-se a sua filha’, e então tive o problema lá”, declarou.
O torcedor, por sua vez, disse, também à época: "Eu vi ele dentro da loja da Pandora. Só gritei para ele sair do Flamengo. Quando virei de costas e fui andando. Quando eu vi, ele correu atrás de mim. Ele e o segurança dele me agrediram. E ele me mordeu também".
Para o Ministério Público as novas imagens jogam ao chão a versão do dirigente e corroboram as do torcedor, conforme apurado pelo Globo Esporte.
Assista as novas imagens