ZAGALLO

Zagallo relega três filhos no testamento e deixa tudo que a lei permite para o caçula

Ele deixou explícito seu descontentamento com três dos quatro filhos, a quem ele acusa de tentativa de extorsão

Zagallo.Créditos: Lucas Figueiredo/CBF
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Mario Jorge Lobo Zagallo (1931-2024), ex-jogador e técnico de futebol, deixou em seu testamento o desejo de deixar metade dos bens apenas para o caçula, Mario Cesar de Castro Zagallo.

O Velho Lobo deixou explícito seu descontentamento com três dos quatro filhos, a quem ele acusa de tentativa de extorsão e de anulação do inventário de Alcina de Castro Zagallo, sua mulher, morta em 2012.

O pedido de abertura e cumprimento do testamento foi feito em 9 de janeiro, quatro dias depois da morte do tetracampeão.

Segundo o Notícias da TV, a escritura de testamento público de Zagallo foi assinada em novembro de 2016. No documento, ele nomeia o caçula como inventariante dos bens e se diz "profundamente triste e magoado" com os outros três herdeiros.

De acordo com a lei brasileira, tudo que uma pessoa possui precisa ser dividida em duas partes iguais: uma delas, de 50%, é destinada obrigatoriamente aos herdeiros diretos, como filhos e esposa. Os outros 50% podem ser distribuídos da maneira que o legatário expressar em seu testamento.

No testamento de Zagallo, ele destinou os 50% na totalidade para o caçula. A outra metade dos bens foi partilhada entre os quatro filhos, totalizando 12,5% da herança para cada um. Assim, Mario Cesar ficará com 62,5% dos bens, enquanto os irmãos terão apenas 12,5%.

O testamento

"O testador deseja, como última vontade, deixar a totalidade da parte disponível de seu patrimônio para o filho mais novo, Mario Cesar de Castro Zagallo. Tal escolha se deu pela profunda decepção com seus três outros filhos", afirma um trecho do documento obtido pelo Notícias da TV.

"Tem ciência dos procedimentos judiciais manejados por esses outros três contra sua esposa, no intuito de tornar nulo o inventário de sua esposa realizado há mais de quatro anos, o que lhe acomete da mais profunda tristeza e mágoa", narra o tabelião Luiz Fernando Carvalho Faria.