Em greve de fome desde esta segunda-feira (28), a mãe do presidente da Federação Espanhola (RFEF), Luis Rubiales, deu entrevista nesta terça-feira (29) e não mostra intenção de parar com a empreitada, a qual ela afirma ser um protesto contra a "perseguição" que, segundo ela, seu filho vem sofrendo.
Rubiales é investigado por assédio sexual após beijar a jogadora Jenni Hermoso na boca durante a entrega de medalhas para a Seleção Feminina de Futebol da Espanha, que venceu a Copa do Mundo no último dia 20. Na última sexta-feira (25), Hermoso emitiu uma declaração afirmando que o beijo não foi consensual, e que ela e outras jogadoras não voltariam a jogar pela seleção até que Rubiales fosse afastado da RFEF.
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Ángeles Béjar afirma que sua greve de fome durará até que Jenni Hermoso "diga a verdade", uma vez que acredita que o beijo na final da Copa do Mundo foi consensual. Em entrevista por troca de mensagens ao “El Programa de Verano”, da TV espanhola Telecinco, ela afirmou que ficará no local “até que o corpo aguente” e que não se importa em “morrer por justiça”.
Béjar defende que o filho é “uma pessoa decente” e que “não é justo o que estão fazendo". A mulher se trancou na igreja da Divina Pastora, em Motril, na Espanha.
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Rubiales sob investigação
A ação de Luis Rubiales levou a uma onda de indignação, inclusive de figuras do alto escalão político espanhol, como a ministra da Igualdade da Espanha, Irene Montero, e o ministro da Cultura e do Esporte, Miquel Iceta. Após a repercussão negativa, um processo disciplinar contra o presidente foi aberto pela Federação Internacional de Futebol (FIFA).
No último sábado (26), a entidade decretou a suspensão do dirigente por 90 dias, tempo que poderá ser reavaliado de acordo com o prosseguimento das investigações. Rubiales está proibido de participar de quaisquer eventos relacionados a futebol, tanto em solo espanhol quanto em qualquer outro lugar.
*Com informações da CNN.