Nesta segunda-feira (24), a atacante Marta, da seleção brasileira, entrou em campo para disputar o primeiro jogo de sua sexta e última Copa do Mundo de futebol feminino. A jogadora substituiu Ary Borges, responsável por três gols do Brasil na partida contra o Panamá, aos 30 minutos do segundo tempo, e, além de seu talento com a bola, sua chuteira também chamou a atenção.
A jogadora eleita seis vezes como a melhor do mundo está, novamente, usando um calçado personalizado, que não dá destaque a nenhum fabricante de material esportivo. A iniciativa começou ainda na Copa do Mundo de 2019, em um jogo no qual a atacante se tornou a primeira jogadora a marcar em cinco copas diferentes e igualou o alemão Klose na artilharia histórica da competição – mais tarde no campeonato ela se tornaria a artilheira isolada, com 17 gols.
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Protesto
Na ocasião, ao comemorar o feito, Marta apontou, em forma de protesto, para sua chuteira. O único símbolo visível era um sinal de igual com as cores rosa e azul, da Go Equal, uma iniciativa pela igualdade no esporte. O protesto se repetiu na Olimpíada de 2020.
Agora, na Copa do Mundo de 2023, a craque continuou a recusar propostas de patrocínio, por considerar que os valores propostos não são justos, principalmente ao considerar a disparidade entre o que é oferecido a homens e a mulheres no futebol.
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A maior jogadora de todos os tempos está sem patrocínio desde 2018, quando não renovou seu vínculo com a Puma, após receber uma proposta abaixo do que já ganhava.
Agora, ela lança oficialmente a linha Go Equal – que começou como uma iniciativa em 2019 – em parceria com a Centauro. Segundo Marta, a Go Equal foi criada para dar continuidade ao seu legado no esporte e incentivar que cada vez mais mulheres tenham espaço dentro das quatro linhas. Todos os royalties serão revertidos para projetos de empoderamento feminino.
