A Copa do Mundo Feminina finalmente começou para os brasileiros. Com uma goleada por 4 a 0 sobre o Panamá, a Seleção já mostrou que veio para brigar pelo título de campeã do torneio. Contudo, os motivos para comemorar não param por aí.
Um levantamento feito pela Reuters mostrou que o número de atletas LGBTQIA+ mais que dobrou da última edição da Copa do Mundo para esta. Em 2019, quando a França sediou o torneio, eram 38 jogadoras assumidamente lésbicas ou bissexuais. Agora, o número chega a 87.
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O Brasil tem mais um motivo a mais para comemorar a diversidade. Nossa seleção é a com mais jogadoras que assumiram publicamente serem homossexuais. As nove atletas são Marta, Tamires, Andressa Alves, Letícia, Lauren, Kathellen, Debinha, Geyse e Adriana. Além disso, a jogadora Nycole, que ficou de fora da convocação devido a uma lesão, seria a décima da lista.
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Muitas jogadoras usam os holofotes para lutarem contra o machismo e a homofobia. Entre elas, está a capitã da seleção dos Estados Unidos, Megan Rapinoe. Ela já deu inúmeras declarações em prol das mulheres e da igualdade de gênero.
O Brasil é seguido pela Austrália e pela Irlanda, com oito atletas LGBTQIA+ em cada delegação.
Amor está no ar, mas não está em campo
Algumas atletas também poderão passar por uma situação inusitada. Muitos casais formados por atletas que se conheceram através do futebol ficarão frente a frente em campo.
Sam Kerr, atacante da seleção da Austrália, e Kristie Mewis, meio-campista da seleção americana, estão juntas há dois anos e já tiveram de se enfrentar no passado. Nas Olimpíadas de Tóquio, em 2021, a imagem de Mewis consolando Kerr após a vitória das americanas sobre as australianas na disputa pela medalha de bronze viralizou e fez o casal cair na graça do público.
Outro casal que ficará cara a cara em campo é Ellie Carpenter, zagueira da Austrália, e Danielle van de Donk, meio-campista da Holanda. Elas se conheceram no Lyon, time em que jogam na França. Recentemente compraram uma casa juntas.
A meia Pernille Harder, da Dinamarca, também vive um relacionamento com outra jogadora de futebol que está na Copa do Mundo. Ela e Magdalena Erikson, zagueira da Suécia, namoram há mais de 10 anos. O casal também é muito ativo na luta pelos direitos LGBTQIA+. Elas doam parte do salário para iniciativas que visam tornar o ambiente esportivo mais acolhedor para a comunidade.
A goleira alemã Ann-Katrin Berger é namorada da zagueira inglesa Jess Carter. Elas eram colegas de apartamento quando moravam juntas e jogavam pelo Birmingham em 2016. A amizade deu lugar a um romance, e elas estão juntas até hoje.