Christophe Galtier, técnico do Paris Saint-Germain (PSG), time onde joga o brasileiro Neymar, foi preso, nesta sexta-feira (30). Ele seu filho, John Valovic-Galtier, estão detidos para depor, como parte de uma investigação por suspeitas de discriminação após acusações de racismo.
Ambos estão sob custódia policial em Nice, na França, informou Xavier Bonhomme, promotor do Ministério Público local.
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Galtier se tornou alvo de uma investigação em abril, depois que um jornalista divulgou uma troca de e-mails em que Julien Fournier, ex-dirigente do Nice, equipe comandada pelo técnico antes de assumir o PSG, atribui ao treinador a frase: “Não pode ter tantos negros e muçulmanos no time”.
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Galtier, ainda conforme o ex-dirigente, também teria dito que “o elenco não correspondia ao tipo de gente da cidade”.
O técnico do PSG negou as acusações e apresentou uma queixa por difamação contra jornalistas e o ex-dirigente.
“Estou chocado com o que foi publicado de forma irresponsável. Eles me machucaram e eu fiquei triste com tudo isso. Cresci em Marselha, com pessoas de diferentes raças, origens e religiões”, declarou Galtier.
John Valovic-Galtier trabalha com o pai há cerca de cinco anos. Ele também foi preso, acusado de racismo e descriminação religiosa.
Trajetória de Galtier
O técnico Galtier, de 56 anos, começou sua carreira como jogador de futebol em 1985. Defendeu, na maior parte do tempo, clubes franceses, como Olympique de Marseille, Lille, Toulouse e Angers.
Antes de “pendurar as chuteiras” no Liaoning, da China, o ex-zagueiro teve uma breve passagem pelo Monza, da Itália.
Iniciou sua trajetória de técnico como auxiliar no Olympique de Marseille, em 1999. Dez anos depois, assumiu o Saint-Étienne, onde permaneceu por oito anos. Antes de chegar ao PSG, Galtier passou por Lille e Nice.
A prisão de Galtier ocorreu poucos dias antes do anúncio de seu sucessor como técnico do PSG. Luis Enrique, ex-técnico da seleção da Espanha, é considerado o favorito para assumir o cargo.