Nasser Al-Khelaifi, presidente do Paris Saint-Germain (PSG), dos craques Neymar, Messi e Mbapeé, está sendo investigado pela justiça francesa por denúncia de sequestro e tortura.
O cartola nascido em Doha, no Catar, foi acusado pelo empresário Tayeb Benabderrahmane. As informações são do jornal francês L'Équipe.
Lobista argelino, Benabderrahmane afirma ter sido sequestrado a mando de Al-Khelaifi no Catar em 2020. O empresário diz que foi torturado, mantido em cativeiro, sob ordens do presidente do PSG por ter informações extremamente comprometedoras contra ele. Três juízes foram escolhidos, nesta terça-feira (28), para investigar o caso.
Benabderrahmane garante, ainda, que ficou preso por seis meses, sendo torturado durante todo este período. Ele alega que só conseguiu ser libertado depois de assinar um documento no qual se comprometeu a não divulgar informações “sensíveis” a respeito do mandatário do PSG.
Ainda segundo o L'Équipe, as informações em forma de documento, no caso, estariam relacionadas à escolha do Catar como sede da Copa do Mundo em 2022 ou, ainda, futuros direitos de transmissão dos dois próximos Mundiais, que poderiam ser adquiridos pela Beln Sports, empresa de Al-Khelaifi.
MP da Suíça já pediu prisão para Al-Khelaifi
Em 2022, o presidente do PSG comentou as acusações: “São criminosos profissionais. Eles mudaram de advogado mais vezes do que mudaram suas histórias e suas mentiras. É o auge da manipulação da mídia. Espanta-me que tantas pessoas tenham dado credibilidade às suas mentiras e contradições, mas esse é o mundo da mídia hoje. A justiça seguirá seu curso, não tenho tempo para falar de pequenos criminosos profissionais”, disse à época.
No ano passado, o Ministério Público da Suíça pediu 28 meses de prisão para Al-Khelaifi, justamente por um “acordo corrupto” a respeito dos direitos de transmissão das Copas do Mundo de 2026 e 2030. O presidente do PSG foi absolvido.