Dois jogadores investigados pela Operação Penalidade Máxima II, que denuncia um esquema de combinação de resultados em jogos de futebol, afirmaram que não saber que viciar resultados esportivos para ganhar dinheiro com apostas era crime.
Os atletas Victor Ramos (Chapecoense), Kevin Lomónaco (Bragantino) e Moraes (Juventude) tiveram uma parte de seus depoimentos divulgados em reportagem do UOL e o argumento principal é a ignorância.
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Os atletas Victor Ramos e Chapecoense apostaram na ignorância e afirmaram que não tomaram as atitudes exigidas pelos apostadores porque não sabiam que match fixing, ou viciamento de resultado, era crime.
"Eu não sabia que conversar sobre apostas poderia ser crime. Eu sou muito leigo para isso, sou muito desligado para essas coisas, internet, não sabia que conversar sobre apostas vinha dar o que está dando em minha vida, esse tumulto, essa turbulência. Jamais esperava que isso ia acontecer em minha vida porque estava falando de apostas", disse o Victor Ramos em depoimento
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O jogador Kevin Lomónaco disse a mesma coisa, afirmando que só fez uma vez e disse que não se tratava de uma prática criminosa.
"Eu estava na concentração antes do jogo, e ele insistindo, mandando mensagem, tipo: 'vamos fechar, hermano, dinheiro'. Eu fiquei falando com ele, aí na concentração, fechamos cartão amarelo. Eu fiz sem conhecimento algum que era um crime ou algo assim. Normal, não perguntei nada para ninguém. Eu fiz somente porque não prejudicava a equipe, era algo normal, não pensei que era algum crime", disse o atleta do Bragantino.
O jogador Moraes afirma que sequer recebeu o valor prometido pelos apostadores, apenas com o adiantamento realizado pela quadrilha investigada. Outros atletas afirmam que apenas estavam conversando com os criminosos ou cobrando dívidas do passado.
Mas nenhum desses depoimentos exime os atletas de culpa. "O Código Penal, em seu artigo 21, deixa claro que ninguém pode ser poupado de ser punido em razão de desconhecer a lei", afirma o Tribunal de Justiça do Distrito Federal..