Inaugurado em 2 de outubro de 1960 com uma vitória do São Paulo sobre o Sporting de Portugal, por 1 a 0 e gol do atacante Peixinho, o Estádio Cícero Pompeu de Toledo, ou Morumbi, foi palco de toda a história gloriosa do clube que viria nas décadas seguintes.
Foi ali que o Tricolor Paulista se classificou para final do Brasileirão 77, que venceria em pleno Mineirão contra o Atlético-MG. Também foi ali que as partidas de ida da final contra o Guarani, em 1986, e contra o Bragantino, em 1991, foram jogadas. O Morumbi ainda foi palco de uma das melhores finais da história do Campeonato Paulista, em 1992, contra o Palmeiras, vencida pelo icônico time de Telê Santana. O mesmo escrete que, também no Morumbi, faturou a Libertadores de 92 contra o Newell’s Old Boys da Argentina e a de 93 com sonora goleada por 5 a 1 contra o Universidad Católica do Chile.
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Já no novo milênio, o Morumbi foi palco da conquista do tricampeonato brasileiro (2006-07-08), uma marca histórica do clube jamais alcançada por quaisquer outros campeões nacionais, e também abrigou as partidas do Tricolor anteriores à final da Libertadores de 2005 - além, é claro, da final da Copa do Brasil 2023 vencida contra o poderoso Flamengo.
Mas esse mítico estádio, batizado com o nome do jornalista e dirigente esportivo Cícero Pompeu de Toledo, e que também foi palco de grandes momentos de clubes rivais como Corinthians e Palmeiras, agora pode mudar de nome.
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Acontece que o dono do estádio, o São Paulo Futebol Clube, está muito perto de fechar um acordo de naming rights previsto para durar 3 anos. De acordo com informações publicadas na imprensa esportiva, o acordo com a Mondelez, uma gigante da indústria alimentícia, está prestes a ser oficializado.
Se tudo der certo, o Tricolor Paulista vai receber entre 25 e 30 milhões de reais anuais pelo naming rights do Morumbi. Com dívidas que chegaram a atingir o patamar de R$ 700 milhões nos últimos anos e que atualmente estão um pouco abaixo dos R$ 600 milhões, os R$ 90 milhões levantados em três anos de naming rights devem ser celebrados no clube, especialmente pelo presidente reeleito Julio Casares, que inicia um novo mandato em 2024 com os objetivos de retomar os tempos de glórias ao mesmo tempo em que melhora a saúde financeira do clube.
Os valores inclusive são proporcionalmente maiores do que os naming rights assinados pelos rivais. Allianz Parque e Hypera Pharma Arena, de Palmeiras e Corinthians, têm contratos que giram na ordem dos R$ 300 milhões cada, mas valem para períodos superiores a 20 anos.
Se o acordo sair do papel, a Mondelez promete promover uma série de atrações nas arquibancadas do Morumbi. Que, aliás, passará a se chamar “MorumBis”, em alusão aos chocolates Bis, principal produto da empresa. O SPFC não quis se manifestar sobre o acordo para a imprensa.