ABUSO SEXUAL

Reviravolta na história de Daniel Alves: vítima pede mudança no caso; entenda

A mudança no processo teria como consequência a indenização financeira por danos sofridos pela suposta vítima. Ministério Público da Espanha pediu pena de nove anos de prisão ao ex-jogador.

Daniel Alves foi acusado de crime realizado em dezembro de 2022.Créditos: Reprodução/Instagram
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A mulher que denunciou o ex-jogador de futebol Daniel Alves por estupro solicitou a revogação da sua renúncia inicial à ação civil, segundo informações obtidas pela imprensa espanhola a partir de sua advogada. O pedido foi acatado pela juíza Concepción Cantón, do 15º Tribunal de Justiça de Barcelona.

A mudança no processo teria como consequência a indenização financeira por danos sofridos pela suposta vítima, reparação que não ocorreu devido ao descarte da ação civil por parte da própria vítima em manifestação judicial no dia 20 de janeiro, data em que Alves foi preso pela polícia catalã Mossos d'Esquadra após processo de agressão sexual emitido pela Suprema Corte da Justiça da Catalunha.

Na ocasião, de acordo com a defesa da vítima, a jovem de 23 anos não tinha conhecimento de todas as consequências do crime no início do processo, como o diagnóstico de sintomas de depressão e ansiedade de intensidade moderada, que resultou no seu afastamento clínico do trabalho e início de tratamento psicológico.

A revogação da renúncia é permitida pela última reforma constitucional, que determina que os relacionamentos devem seguir consentimento claro de ambas as partes: "Só 'sim' significa sim". A decisão da vítima teve uma avaliação de que as sequelas do caso foram mais graves do que o esperado no início do processo.

Decreto de prisão

Na última quinta-feira (23), o Ministério Público da Espanha decretou pena de nove anos de prisão, com possibilidade de liberdade condicional além do regime fechado. O total de pena pode chegar a 19 anos. 

A Procuradoria ainda pediu reparação financeira à vítima: indenização de 150 mil euros (R$ 798 mil) revertida para a vítima pelo crime de agressão sexual com penetração.

Daniel Alves teve três pedidos de liberdade condicional negados pela Justiça catalã por conta da possibilidade do risco de fuga para o Brasil. O documento oficial do Ministério Público apontou decisão de manutenção da medida de prisão provisória.

"A Procuradoria de Barcelona opõe-se ao pedido de liberdade formulado pela defesa de Daniel Alves e considera que a medida de prisão provisória acordada deve ser mantida, entendendo que ainda existe o risco de fuga, dada a natureza dos fatos, as elevadas penas que poderão ser aplicado pelo crime investigado e a profundidade do julgamento oral", diz o arquivo.

De acordo com a imprensa espanhola, o depoimento da vítima à Justiça indica que ela não sabia que estava sendo levada ao banheiro e que Daniel Alves a pediu para o seguir até uma porta. Ao entrarem, ela teria sido agredida e foi impedida de deixar o espaço.

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