Yan Couto fez apenas dois jogos pelo Coritiba. Foi para a Europa e está brilhando no surpreendente Girona da Espanha. Com as contusões de Vanderson e Danilo, poderá ser titular contra o Uruguai, amanhã, dia 17, no lendário estádio Centenário em Montevidéu. Um momento único - por enquanto - na carreira e que ele preferiu deslustrar ao dizer que tem Daniel Alves como ídolo. Pela técnica com a bola, pela postura defensiva, pela história na seleção e por ser ídolo de muitos brasileiros.
E o estupro, Yan Couto? Não conta?
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O cada vez menos suposto estupro que ele teria cometido em uma boate em Barcelona, no final do ano passado. Com um adendo que mostra um pouco do caráter daquele que Tite disse "transcender o futebol". Daniel jogava no México e foi até Barcelona para visitar a sogra, doente. Foi para a boate onde teria cometido o estupro. Está preso há nove meses. Agora, trocou de advogada e está pronto a assumir a culpa em troca de uma pena menor.
Antes disso, já trocou de versão várias vezes. Disse que não conhecia a moça, disse que foi um beijo, disse que foi sexo oral, disse que foi forçado, disse que disse.
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Mesmo assim, um sujeito desses é ídolo de um jovem brasileiro.
Mas o que tem uma coisa com outra? Ele é ídolo do jogador, não do homem.
Sério?
Triste quem consegue fazer a diferenciação entre um suposto craque e um suposto criminoso. O homem está ligado ao jogador. As atitudes de um deveriam impactar no julgamento do outro. São ligados. São a mesma pessoa. Ou você, que está lendo esse texto e gosta de jogar futevôlei, acharia normal bater uma bolinha com Robinho nas praias de Santos? Ou é normal o que se viu outro dia, pessoas fazendo selfies com o goleiro Bruno, que mando matar Eiisa Samudio, mãe de seu filho.
E, Yan Couto, se Daniel Alves tivesse ido para o banheiro com a sua irmã? Ainda seria ídolo?
É inadmissível que a CBF não oriente jovens jogadores sobre o que se passa no mundo. Sobre o peso de se ter como ídolo um cada vez menos suposto estuprador. E, com certeza, Yan Couto paga um dinheiro para seu empresário ou assessor de imprensa. Dinheiro jogado fora. Dinneiro recebido por quem não consegue avaliar o mal que a imagem do jogador sofreu.