A "sabatina" promovida por Pablo Marçal (PRTB) com Guilherme Boulos (PSOL), deputado federal e candidato à prefeitura de São Paulo (SP), dividiu opiniões tanto entre a extrema direita como entre a esquerda.
Marçal, que terminou em terceiro lugar no primeiro turno da eleição com 1.719.274 votos (28,14%), teve uma campanha marcada por ataques e disseminação de fake news contra Boulos, incluindo a circulação de um laudo falso que associava o candidato do PSOL ao uso de cocaína. Apesar disso, Boulos aceitou o convite para a sabatina, com o intuito de atrair parte do eleitorado do coach e reforçando que não se recusa a dialogar.
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Também convidado para participar do encontro, o atual prefeito e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), que disputa o segundo turno com Boulos, se recusou a comparecer. A "fuga" de Nunes, então, se tornou o ponto em comum a ser explorado pelo candidato do PSOL e pelo coach de extrema direita na "sabatina".
Marçal, que apresentou uma postura diferente daquela observada no primeiro turno e manteve um tom respeitoso com Boulos durante a live, em determinado momento, destacou a "coragem" do candidato do PSOL por comparecer ao encontro.
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"Parabéns pela coragem. Você vir aqui é muito corajoso", declarou.
Ao longo da conversa, Marçal disse que não votará no segundo turno pois está na Itália, mas que, se estivesse no Brasil, não optaria nem por Boulos e nem por Nunes, sinalizando que votaria em branco ou nulo. Se os eleitores de Marçal repetirem esse comportamento, Nunes será o mais prejudicado, visto que maioria daqueles que escolheram o coach no primeiro turno vêm cogitando votar no prefeito no segundo.
Essa dúvida em quem votar no segundo turno se refletiu entre os seguidores de Marçal. Logo após a "sabatina", o coach abriu uma caixa de perguntas em seu Instagram e a maior parte dos questionamentos girou em torno de seu encontro com Boulos e a "fuga" de Nunes.
Como reagiram os seguidores de Marçal – e as respostas do coach
A primeira pergunta a Marçal feita por um seguidor logo após a sabatina, na verdade, não foi uma pergunta, mas um elogio. "Irmão, sensacional a sabatina. Falo pela sua nobreza", escreveu.
Marçal, então, respondeu: "Eu estava como entrevistador, não como debatedor ou oponente no processo eleitoral. Deixo claro que não terá meu voto. Fechou? Algo inédito aí na eleição, né. Um monte de gente feridinha vai ficar doidinha".
Já outro seguidor perguntou se Marçal "gostou da coragem" de Boulos por ter ido à sabatina. "Ele assumiu um risco grande", respondeu o coach.
Entre outras perguntas a Marçal, destacam-se os questionamentos sobre a ausência de Nunes na "sabatina" e até mesmo se o coach votará em Boulos.
Confira abaixo: