O Brasil pode sair como um dos principais beneficiados da guerra comercial global impulsionada pelas tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, segundo o jornal The Wall Street Journal.
O periódico, um dos mais importantes focados na economia dos EUA e intimamente ligado à direita americana, destaca que o país deve se aproveitar as sanções impostas por Washington a parceiros comerciais como a China para expandir suas exportações.
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A imposição de tarifas sobre produtos agrícolas norte-americanos por China tem levado importadores chineses a reforçar compras de soja brasileira.
O fenômeno também se repete em outros setores, como os de carne de frango e algodão. O jornal dá destaque ao índice Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores brasileira, que subiu 9% no ano, enquanto o S&P 500, que mostra as 500 maiores empresas nas bolsas dos EUA, registrou queda de 4,2%.
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A estratégia silenciosa do governo frente às tarifas de Donald Trump, agindo apenas com reciprocidade e sem retaliação, pode ser lida como uma estratégia
O governo brasileiro também vê oportunidades para ampliar exportações aos Estados Unidos, especialmente em setores prejudicados pelas tarifas contra a China. Fabricantes brasileiros de calçados, por exemplo, esperam aumentar sua presença no mercado norte-americano, substituindo produtos chineses que agora enfrentam barreiras tarifárias.
Apesar dos benefícios, o Brasil ainda pode ser impactado por novas tarifas de Trump, previstas para serem anunciadas nesta quarta-feira. O aço brasileiro já foi alvo de sanções no passado e segue como ponto de tensão nas relações bilaterais desde o mês passado.
Mas segundo a manchete do Wall Street Journal, o Brasil "parece o vencedor da Guerra Comercial".