Com a aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025 na última quinta-feira (20), o reajuste salarial dos servidores federais foi confirmado, o que afasta o risco de greve. Durante o ano de 2024, o reajuste foi negociado em meio a paralisações da categoria, principalmente de servidores da área da Educação.
De acordo com o governo, a partir do prazo para sanção da LOA e dos procedimentos necessários para operacionalizar a folha, o pagamento dos aumentos deve ser feito de forma retroativa em maio.
Te podría interesar
Nas negociações entre os servidores e o governo no ano passado, ficou acordado um reajuste de 9% a partir de janeiro de 2025, mas que dependia da aprovação da LOA. Geralmente, a Lei Orçamentária é discutida pelo Congresso Nacional e aprovada pelo presidente no final de cada ano.
No começo deste ano, servidores voltaram a pressionar o Congresso com atos em Brasília, anunciando até mesmo a possibilidade de uma nova greve. Porém, com a pressão, o orçamento foi aprovado.
Te podría interesar
“As últimas duas semanas de mobilização para o cumprimento do acordo e, sobretudo, para a aprovação da LOA, por parte do ANDES-SN, demais entidades da Educação e do funcionalismo federal, tiveram uma presença importante no Congresso Nacional, com atos por seguidos dias à frente do Anexo II, demonstrando presença para deputados, deputadas, senadores e senadoras", afirmou Helton Saragor, 2º vice-presidente da Regional São Paulo do ANDES-SN.
"Foi feito um intenso trabalho, em que a Comissão Nacional de Mobilização, a diretoria nacional e representantes das seções sindicais do nosso Sindicato visitaram gabinetes e dialogaram com o conjunto de parlamentares sobre a necessidade da aprovação da LOA durante essa semana”, acrescentou.
Saragor ainda pontua que "a luta prioritária agora é pela folha suplementar, porque, devido aos prejuízos pelo não reajuste nos últimos meses, não podemos mais esperar”. As declarações do vice-presidente foram feitas ao Sindicato Nacional.
Como vai funcionar o reajuste
O reajuste, que será feito de forma escalonada até 2026, é estimado em R$ 16 bilhões e deve beneficiar cerca de 1,2 milhão de servidores ativos e inativos, incluindo aposentados e pensionistas. Para algumas categorias, o reajuste pode representar um aumento médio de 27%.
Em 2024, o governo federal não fez reajuste salarial para algumas categorias, mas fez acrescímos no auxílio-alimentação, no auxílio-saúde e na assistência pré-escolar (auxílio-creche). Alguns chegaram a ultrapassar um aumento de 50%. Confira:
Novos valores:
- Auxílio-alimentação: de R$ 658 para R$ 1 mil (aumento de 51,9%);
- Assistência à saúde suplementar (auxílio-saúde): de R$ 144 para R$ 215 (aumento de 49,3%);
- Assistência pré-escolar (auxílio-creche): de R$ 321 para R$ 484,90 (aumento de 51,05%).
*Matéria atualizada às 14h33 para correção de informações sobre os novos valores, que foram reajustados em 2024.