O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta sexta-feira (14), três medidas para ampliação de crédito barato para trabalhadores, pequenos produtores rurais e pequenos empreendedores. "Dinheiro bom é na mão do povo", disse ele.
Projeto, que vinha sendo preparado pela equipe econômica do governo, é divulgado um dia após publicação de uma pesquisa Datafolha em que a aprovação de Lula caiu de 35% para 24% no espaço de dois meses. Já a reprovação passou de 34% para 41%.
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“O Brasil vai crescer mais, porque tem uma coisa acontecendo nesse país, temos o menor nível de desemprego da história, crescimento da massa salarial e a quantidade de crédito que nunca teve e vamos anunciar mais três políticas de crédito nesse país”, afirmou Lula durante discurso.
“Porque dinheiro bom não é aquele que vai para mão do rico, que ele compra dólar e fica explorando é aquele que vai para mão do povo, para o trabalhador, para o pequeno trabalhador rural, pequeno empreendedor individual”, disse ainda o presidente.
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta que o projeto será enviado ao Congresso antes do Carnaval.
A nova operação de crédito
O objetivo do governo é começar a operação do novo formato do consignado privado sem nenhuma limitação dos juros a serem cobrados via eSocial por volta do dia 12. Técnicos do Executivo e dos bancos trabalham no sistema.
Os bancos poderão oferecer o crédito inicialmente diretamente no aplicativo dos bancos. Depois, em todos os demais canais.
A proposta que será enviada pelo governo ao Congresso deve conter apenas o "básico" para operacionalização da modalidade a partir da base de dados do eSocial, sistema do governo em que as empresas registram as informações de seus funcionários com carteira assinada, público-alvo da modalidade.
Golpe à vista
Por outro lado, em um claro movimento golpista, o bilionário de extrema direita, Elon Musk, anunciou na noite da sexta-feira, em sua rede social, o X, antigo Twitter, manifestação pelo impeachment do presidente para março. Ele compartilhou post que usa fotos antigas, de protestos contra o governo da ex-presidente Dilma Rousseff de 2016.
Glesi reage ao Datafolha
A presidenta do PT e deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR) usou as redes sociais para repercutir os números do Datafolha divulgados nesta sexta-feira.
Para ela, o resultado "é o reflexo dos dois meses mais difíceis para este governo. Tivemos a especulação desenfreada com o câmbio, que também afetou os preços dos alimentos, o aumento do imposto estadual sobre a gasolina, as péssimas notícias sobre o aumento dos juros, o terrorismo sobre o resultado fiscal e a maior fake news de todos os tempos, sobre a taxação do Pix".
Em seguida, a presidenta do PT afirma que agora é necessário "virar esta página, cuidando dos problemas reais do nosso povo, especialmente do preço dos alimentos, como determinou o presidente Lula. Implantar o programa da distribuição de gás, a isenção do IR até R$ 5 mil e as novas linhas de crédito acessível para a população, que Lula já anunciou, e continuar ajudando quem mais precisa, como aconteceu com a Farmácia Popular, que agora entrega de graça todos os medicamentos da lista".
"Principalmente, manter a geração de empregos, o crescimento dos salários e da economia, que são as grandes marcas do governo. E fazer a disputa política com uma oposição que torce contra o Brasil. Comparar como estava o país e o que estamos fazendo no crédito, na recuperação da indústria, no financiamento da agricultura, na educação com o Pé de Meia, escolas integrais e creches; no Bolsa Família, na construção de casas e tantos outros programas", continua Gleisi.
Por fim, Gleisi Hoffmann afirma que é preciso disputar a política com a oposição. "Governar olhando para as pessoas e para o país nunca é fácil, porque isso contraria muitos interesses. Mas é nesse rumo que vamos virar o jogo, fazendo a disputa política com uma oposição que torce contra o Brasil, mostrando o que foi, o que está sendo e o que ainda vai ser feito. Vamos em frente e à luta!", concluiu.