O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento) informou, em comunicado de novembro de 2024, que atingiu um lucro líquido de R$ 9,8 bilhões no terceiro trimestre de 2024, um crescimento de 48,5% em relação ao ano anterior, acompanhado por um aumento na demanda por crédito "em todos os setores" no comparativo com os anos de 2022 e 2023.
Nos primeiros nove meses de 2024, o crescimento do lucro total foi de 31,4%, e alcançou R$ 19 bilhões, informa a Agência BNDES.
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Os ativos totais, por sua vez, somaram R$ 807,1 bilhões (representando um aumento de 10,2% em relação a 2023).
De acordo com os dados compartilhados pelo presidente e pelo corpo técnico da instituição, as aprovações de crédito tiveram uma alta maior no setor da indústria, com 108% de crescimento em relação a 2023 e valor total de R$ 137,4 bilhões (em 2023, esse valor foi de R$ 37 bilhões).
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No setor de comércio e serviços, a alta foi de 87% (o número total ficou em R$ 24,5 bilhões).
Já no setor agropecuário, houve aumento de 5,5% (com total de R$ 35,1 bilhões).
Essa evolução se deveu, de acordo com o presidente, Aloizio Mercadante, ao aumento avistado na demanda dos investimentos em todos os setores, bem como na qualidade dos investimentos (que envolve aspectos como risco, viabilidade econômica e fortalecimento setorial).
Tudo indica que o BNDES está "voltando ao seu tamanho padrão", afirmou Mercadante, referindo-se à situação da instituição no período anterior à crise mundial de 2008.
Além disso, no ano passado, a receita com a reversão de provisão de créditos, derivada da revisão nas classificações de risco dos investimento e na recuperação de créditos provisionados anteriormente, somou R$ 3,1 bilhões, o que teve influência no valor líquido total dos lucros.
Soma-se a isso a melhoria dos ratings dos investimentos, que aponta para o aumento já mencionado de sua qualidade.
Um outro ponto notável foi o baixo índice de inadimplência do BNDES, que ficou em 0,001% (enquanto o do mercado, de forma geral, era de 0,26%). "Em 30 de setembro de 2024, as operações classificadas nos mais baixos níveis de risco, compreendidos entre AA e C, representaram 97,1% da carteira de crédito e repasses", afirma o comunicado.