Nesta segunda-feira (22), a Guarda de Finanças de Milão autorizou o bloqueio de 121 milhões de euros (cerca de R$ 700 milhões) da Amazon após graves denúncias de fraude fiscal e trabalhistas da Amazon Italia Transport, filial da gigante estadunidense do país.
Segundo o Corriere della Serra, a investigação se centra no uso de "reservatórios de mão-de-obra" para obter tarifas competitivas através de redes de cooperativas e empresas intermediárias.
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A investigação apontou que Amazon Italia Transport utilizava fornecedores de serviços de logística terceirizados para facilitar fraudes.
A empresa é acusada de abusar de benefícios fiscais ao terceirizar mão-de-obra e responsabilidades, utilizando contratos fictícios.
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"A empresa contratante, líder no setor da grande distribuição organizada, abusa dos benefícios oferecidos pelo sistema ilícito, neutralizando sua carga fiscal através da terceirização da mão-de-obra e de todas as responsabilidades associadas. Isso implica a utilização de contratos fictícios de prestação de serviços que, na verdade, dissimulam o único e real objeto do negócio estabelecido entre as partes, ou seja, a mera fornecimento de pessoal realizada em violação das normas que regulam a disciplina", afirma a promotoria.
Esse caso se assemelha a investigações anteriores envolvendo empresas como DHL, GLS, Uber, Lidl, e outras. O procurador de Milão, Marcello Viola, destaca que a fraude é complexa e envolve contratos fictícios e documentos falsos.
Além disso, as investigações revelam exploração de trabalhadores, forçados a migrar entre empresas intermediárias, sem direitos previdenciários e trabalhistas.