MULHERES

Homens ganham mais do que mulheres em 82% das áreas de atuação, diz IBGE

Fenômeno foi identificado no Brasil até mesmo em setores com maior presença feminina, como Saúde, Educação e Artes

Mulheres na Petrobrás.Créditos: Agência Petrobrás
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Segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta quinta-feira (20), em 2022, as mulheres receberam salários menores que os homens em empresas de 82% das principais áreas de atuação no Brasil.

Fora 357 áreas de atuação analisadas. Destas, as mulheres ganhavam salários médios iguais ou maiores que os dos homens em apenas 63, o equivalente a 18%.

Até mesmo em atividades com maior presença feminina no Brasil, como Saúde, Educação e Artes, cultura, esporte e recreação, inclusive, foram registrados pelo IBGE salários médios menores para elas do que para eles.

O levantamento aponta que 54,7% do pessoal ocupado assalariado em 2022 eram formados por homens e 45,3% por mulheres. Eles, no entanto, absorveram 58,5% dos salários e outras remunerações, enquanto elas, ficaram com apenas 41,5%. Na prática, eles tiveram salário médio mensal de R$ 3.791,58, enquanto elas receberam, na média, R$ 3.241,18, o que significa um salário 17% maior na média para eles.

Por escolaridade

O levantamento apontou ainda que 76,6% do pessoal ocupado assalariado não tinham nível superior e 23,4%, sim O pessoal ocupado assalariado sem nível superior recebeu R$ 2.441,16 e o com ensino superior, R$ 7.094,17, aproximadamente três vezes mais.

Apenas duas atividades apresentaram maior participação de pessoas com nível superior: educação (64,3%) e atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (60,6%). administração pública, defesa e seguridade social (47,4%) completam o ranking dos três setores que mais ocupam pessoas com nível superior.

Para os ocupados sem nível superior, os setores que mais ocupam são alojamento e alimentação (96,1%), agricultura, pecuária, produção florestal e aquicultura (94,1%) e construção (92,6%).

Devido a mudanças metodológicas relacionadas às fontes de informações, a divulgação de 2022 do CEMPRE traz quebra na série histórica iniciada em 2007 e encerrada em 2021. Ou seja, os resultados de 2022 não são comparáveis aos anos anteriores.

Com informações da Agência Brasil