BNDES

Venda de ações da Vale e da Petrobras por Bolsonaro tirou R$ 34 bilhões do BNDES

As vendas dos papéis da BNDESPar foram interrompidas pela gestão de Lula e pelo presidente do banco Aloizio Mercadante

Lula eMercadante, o presidente do BNDES.Créditos: Ricardo Stuckert
Escrito en ECONOMIA el

De acordo com as contas do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), caso a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não tivesse vendido as ações da Vale e da Petrobras, o banco teria em caixa hoje R$ 34 bilhões para financiar empresas.

A venda dos papéis das empresas BNDESPar, braço de investimento do banco, foram interrompidas pela gestão de Luiz Inácio Lula da Silva, com o presidente do banco Aloizio Mercadante. As informações são de Diego Felix, da Folha.

Em 2023, apenas com as ações da Petrobras mantidas na carteira, o BNDES conseguiu preservar R$ 5,7 bilhões em liquidez, mais que o dobro do valor direcionado para linhas de crédito às empresas de pequeno e médio porte.

Impulsionar crescimento

Esses montantes são provenientes dos dividendos distribuídos pelas empresas aos acionistas. Atualmente, diante das restrições orçamentárias, o governo está buscando criar mecanismos para impulsionar o crescimento empresarial por meio de fundos setoriais. Esses fundos servirão como garantia para que as empresas acessem crédito do BNDES ou de bancos comerciais.

Contudo, há pressões de setores empresariais e do Congresso para que o banco venda sua carteira de ações, possibilitando assim a concessão de mais empréstimos, seguindo o exemplo do governo anterior. Além disso, o BNDES tem sido criticado por alocar R$ 8 bilhões em investimentos nas empresas.

Entretanto, ao contrário das práticas anteriores do governo do PT, esse capital será direcionado para fundos de investimento. Esses fundos, em parceria com bancos privados, vão adquirir participações em empresas. Segundo Mercadante, não haverá aportes do Tesouro nesse processo, e o BNDES será detentor de cotas dos fundos, não possuindo diretamente ações das empresas investidas.

Com informaões da Folha