A indústria elétrica e eletrônica encerra 2024 com um faturamento de R$ 226,7 bilhões, crescimento de 11% em relação a 2023 e 10,2% na expansão da produção física. Os dados são da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee). Segundo a entidade, a projeção para 2025 é de aumento de 6% no faturamento, para R$ 241 bilhões, e de 5% na produção física.
O resultado surpreendeu, pois a projeção da Abinee para este ano era de 7%. O setor teve uma forte recuperação, após queda de 6% no ano passado e recuo de 10% no volume de produção ante 2022.
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Humberto Barbato, presidente executivo da entidade, afirmou em coletiva nesta quinta-feira (12):
“É bem verdade que tivemos uma queda considerável em 2023, mas o importante é que estamos recuperando investimentos no setor, já superando os resultados de 2022”, disse.
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Investimentos
Além disso, também cresceram os investimentos no setor em 2024, que somaram R$ 3,9 bilhões, alta de 10,2% em base anual, com avanço da utilização da capacidade instalada passando de 73% em dezembro de 2023 para 79% neste final de ano.
O executivo também destacou o aumento das exportações, sobretudo para os Estados Unidos, que representa 26% das vendas do setor. Com isso, o país se tornou o principal comprador, com destaque ao setor elétrico. “É um motivo de satisfação vendermos ao mercado mais exigente do mundo do ponto de vista técnico”, disse. “Isso nos leva a concluir que a indústria eletroeletrônica brasileira está em um patamar bastante competitivo em relação a outros países.”
O setor de eletroeletrônicos exportou neste ano US$ 7,5 bilhões, um avanço de 4% ante 2023. Já as importações no mesmo período cresceram 12%, somando US$ 47,9 bilhões. A projeção para 2025 é de aumento no faturamento de 6% e de 5% na produção física.
Taxa de juros
O setor se surpreendeu com o aumento de um ponto percentual da taxa básica de juros Selic, para 12,25%, anunciado na quarta-feira (11) pelo Copom. “O aumento da taxa de juros sempre é preocupante porque nossos produtos demandam financiamento”. Para o presidente, no entanto, o avanço da Selic não deve impactar a projeção já conservadora do segmento para o ano que vem.
Com informações do Valor Econômico