As economias dos países do BRICS, fortalecidas pelos novos membros associados em 2024, estão projetadas para liderar o crescimento econômico global, deixando para trás as nações mais ricas do G20. Segundo estimativas, Índia, Indonésia e China, principais motores do grupo ampliado, vão registrar as maiores taxas de expansão.
A Índia deve apresentar um crescimento de 7%, consolidando-se como a economia de mais rápida expansão entre as maiores do mundo.
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A Indonésia, também parte dos BRICS desde 2024, está projetada para crescer 5%, enquanto a China, segunda maior economia global, deve atingir 4,8%.
Os números também são positivos para outros membros do bloco, como a Rússia, com 3,6%, e o Brasil e a Turquia, ambos com 3%. Esses índices superam as previsões de crescimento para potências tradicionais do G20, como os Estados Unidos (2,8%), Coreia do Sul (2,5%) e a União Europeia, representada pela Espanha (2,9%).
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Expansão do grupo
A expansão do BRICS para incluir países como Cuba, Bolívia, Turquia, Nigéria, Indonésia, Argélia, Belarus, Malásia, Uzbequistão, Cazaquistão, Tailândia, Vietnã e Uganda - além do grupo com Egito, Irã, Arábia Saudita, Emirados Árabes e Etiópia - demonstra uma tentativa de reconfiguração do poder econômico global. Combinados, esses países representam uma parcela significativa do PIB mundial e uma população diversificada que impulsiona o consumo e a produção.
O grupo ampliado visa estabelecer maior independência das instituições financeiras dominadas pelo Ocidente, como o FMI e o Banco Mundial.
Enquanto os BRICS mostram vitalidade, economias tradicionalmente fortes como Canadá (1,3%), Austrália (1,2%) e Alemanha (0%) enfrentam perspectivas modestas.
Na África do Sul, também parte dos BRICS, o crescimento deve ser de apenas 1%, refletindo desafios internos, mas ainda assim alinhado com médias globais de nações desenvolvidas.
Esses dados ressaltam uma tendência clara: o centro de gravidade da economia global continua a se deslocar para o Sul Global. Os BRICS ampliados estão se posicionando não apenas como parceiros comerciais, mas como concorrentes diretos das economias ricas, impulsionando o debate sobre a multipolaridade econômica.