Enquanto Donald Trump celebrava a vitória na disputa presidencial sobre Kamala Trump em sua mansão no resort de luxo de Mar-a-Lago, em Palm Beach, na Flórida, 10 bilionários lucravam US$ 64 bilhões com a especulação em torno da mudança de governo nos EUA nas bolsas de valores mundo afora.
A cifra registrada nesta quarta-feira (6), quando foi anunciado o resultado da eleição presidencial nos EUA, é o maior aumento diário desde 2012, quando foi criado o Bloomberg Billionaires Index, índice divulgado pela agência de notícias, especializada em mercado.
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Dono da Rede X, da Space X e da Tesla - montadora de carros elétricos que sofre com a concorrência chinesa -, Elon Musk ganhou US$ 26,5 bilhões com a especulação sobre ações de suas empresas, que cresceram mais de 10%.
Musk é apoiador contumaz de Trump e chegou a sortear prêmio de R$ 1 milhão para os eleitores que declarassem voto no candidato republicano.
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Dono da Amazon, Jeff Bezos, teve ganho de US$ 7,1 bi. Larry Ellison, da Oracle, faturou US$ 5,5 bilhões com a especulação na vitória de Trump.
Ainda fazem parte da lista os ex-executivos da Microsoft, Bill Gates e Steve Ballmer; do Google, Larry Page e Sergey Brin; e o CEO da Berkshire Hathaway, Warren Buffett.
Além dos proprietários e acionistas das Big Techs, o próprio presidente eleito lucrou com sua empresa Trump Media & Technology Group, dona da rede social Truth.
As ações da empresa de Trump chegaram a valorizar 35%. As 114,75 milhões de ações do presidente eleito saltaram para cerca de US$ 5,3 bilhões com base nesses ganhos iniciais, bem acima dos US$ 3,9 bilhões quando a bolsa fechou no dia da Eleição.
À exceção de Musk, a maioria dos bilionários não divulgaram apoio nas eleições presidenciais dos EUA. No entanto, a política econômica divulgada por Trump favorece diretamente os financistas, que lucram com a jogatina e as especulações nas bolsas de valores.
Entre as apostas dos especuladores sobre o retorno de Trump à Casa Branca estão o corte de impostos e a desregulamentação de alguns setores, que favorecem o avanço das empresas transnacionais originárias dos EUA.
No entanto, as perspectivas futuras sobre as medidas propagadas por Trump podem ter um efeito reverso, especialmente no capital produtivo e no sucateado mercado de trabalho nos EUA.
Na campanha, Trump também expôs planos de impor uma taxa universal de 10% sobre todas as importações e de 60% sobre os produtos que vêm da China, abrindo a possibilidade de retaliação em cadeia e impondo barreiras ao comércio global.