SELIC

Geraldo Alckmin perde a paciência com Campos Neto e enquadra Banco Central

O vice-presidente se somou ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na pressão para que o BC baixe a taxa de juros

Geraldo Alckmin perde a paciência com Campos Neto e enquadra Banco Central.Créditos: Reprodução redes sociais
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O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que costuma ser um político reservado no que diz respeito a fazer críticas, perdeu a paciência com a política monetária do Banco Central (BC), que é duramente defendida pelo presidente da instituição, Roberto Campos Neto.  

Durante coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (17), o vice-presidente se uniu ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na pressão para que o BC baixe a taxa Selic. 

"Inflação em queda, câmbio competitivo, reforma tributária aprovada na Câmara, arcabouço fiscal encaminhado, só falta os escandalosos juros caírem e aí nós vamos ter uma geração de emprego ainda mais forte", declarou Geraldo Alckmin.  

 

Haddad detona Banco Central e responsabiliza instituição pela prévia negativa do PIB de maio

Nesta segunda-feira (17), o Banco Central (BC) divulgou o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado a prévia do Produto Interno Bruto (PIB), que registrou um recuo de 2% em maio, comparado com o mês de abril.

De acordo com o BC, o resultado foi calculado após ajuste sazonal, uma "compensação" para comparar períodos diferentes. Essa é a maior queda do IBC-Br desde março de 2021, quando foi registrado uma redução de 3,6%.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não recebeu bem a notícia do número do IBC-Br e voltou a fazer duras críticas ao Banco Central (BC). Para Haddad, o BC está empenhado em impor ao Brasil "uma desaceleração econômica" e criticou novamente a manutenção da atual taxa Selic, que está em 13,75%.

"A pretendida desaceleração da economia pelo Banco Central chegou forte. Precisamos ter muita cautela com o que pode acontecer se as taxas forem mantidas na casa de 10% de juro real ao ano. É muito pesado para a economia", declarou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.