QUEDA DE BRAÇO

VÍDEO - Geraldo Alckmin detona Campos Neto e taxa de juros: "não há nada pior"

O vice-presidente conversou com a imprensa e fez duras críticas à política fiscal do Banco Central

VÍDEO - Geraldo Alckmin detona Campos Neto e taxa de juros: "não há nada pior".Créditos: Reprodução redes sociais
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O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), durante conversa com a imprensa nesta quinta-feira (22), fez duras críticas ao Banco Central e, de maneira indireta, ao presidente da instituição, Roberto Campos Neto, por terem mantido a taxa básica de juros do Brasil (Selic) em 13,75%, conforme decisão tomada pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

Segundo Geraldo Alckmin, "não há nada pior para a questão fiscal do que uma Selic desnecessariamente elevada. Então, 38 bilhões a cada 1%. Se você tem uma taxa Selic 5% acima do que deveria estar, isso custa praticamente 190 bilhões de reais", criticou.

"Você fica economizando 1 bilhão, meio bilhão e acaba gastando quase 200 bilhões a mais devido a ter uma taxa Selic tão alta", concluiu o vice-presidente.

 

Copom mantém taxa de juros em absurdos 13,75%

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu nesta quarta-feira (21), pela 7ª vez consecutiva, manter a taxa básica de juros do Brasil (Selic) em absurdos 13,75% - trata-se da maior taxa de juros reais do mundo. 

A princípio, o Banco Central, presidido por Roberto Campos Neto, que foi indicado por Jair Bolsonaro, sustentava que a taxa de juros nas alturas é necessária por conta da inflação alta. Acontece que, nas últimas semanas, o Brasil melhorou seus indicadores econômicos, registrando queda inflacionária, crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), valorização do real e aumento da perspectiva da nota de crédito no cenário internacional. 

Todos esses fatores, segundo economistas, criariam um ambiente favorável para que o BC reduzisse a taxa de juros. A instituição, entretanto, decidiu manter o índice fixado desde junho de 2022. A próxima reunião do Copom que vai avaliar manutenção, aumento ou queda da Selic será realizada no dia 1º de agosto. 

Na última quinta-feira (15), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez fortes críticas à taxa de juros a estratosféricos 13,75%, o que compromete o crescimento econômico brasileiro que já vem sendo observado. 

No comunicado sobre a manutenção da taxa de juros, o Copom do Banco Central justifica afirmando que "entende que essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2024. Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego".