ECONOMIA

Lindbergh Farias pede exoneração de Roberto Campos Neto

O deputado disse que Campos Neto e o BC parecem agir “politicamente para travar a economia brasileira e sabotar o governo do presidente Lula”

Lindbergh é presidente da Frente Parlamentar Contra os Juros Abusivos.Créditos: Fabio Pozzebom/Agência Brasil
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O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) protocolou, nesta quinta-feira (22), denúncia no Conselho Monetário Nacional (CMN) contra Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (BC). Ele alegou descumprimento dos objetivos da instituição.

O parlamentar solicitou, também, que o CMN avalie a possibilidade de pedir ao Senado Federal a exoneração de Campos Neto do comando da instituição.

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Lindbergh é presidente da Frente Parlamentar Contra os Juros Abusivos e afirmou que Campos Neto, ao manter a taxa de juros em 13,75%, não está cumprindo os objetivos do BC de crescimento econômico e fomento do pleno emprego.

“A decisão do Conselho de Política Monetária (Copom) de manter a taxa Selic em 13,75% é inaceitável. Fica parecendo, cada vez mais, que Roberto Campos Neto e o Banco Central não estão agindo de forma técnica ao manter, pela sétima vez consecutiva, os juros em patamar tão elevado. Mas, sim, agindo politicamente para travar a economia brasileira e sabotar o governo do presidente Lula”, declarou o parlamentar.

“A decisão do Banco Central veio acompanhada de um comunicado que é um acinte com a sociedade brasileira, ao falar que a conjuntura demanda ‘paciência e serenidade na condução da política monetária’. O Banco Central exige paciência, mas o Brasil não pode esperar. As empresas que estão quebrando não podem esperar, as famílias endividadas não podem esperar, diversos setores da economia em retração não podem esperar”, destacou Lindbergh.

“Presidente do BC compromete o futuro do país”, diz o parlamentar

“Dada a intransigência de Campos Neto em reduzir a taxa básica de juros, é urgente que se tome uma decisão enérgica. Não podemos mais ‘ter paciência’ com um presidente do Banco Central que está comprometendo de forma direta o futuro do país”, acrescentou o deputado, ao considerar que a exoneração é o único caminho possível para que o Brasil possa baixar a taxa de juros e colocar o país nos trilhos do desenvolvimento com justiça social.