Nesta terça-feira (16), o presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates (PT), anunciou que a empresa irá abandonar a política de Preço de Paridade de Importação (PPI). O fim do modelo, que é o mecanismo da política de preços de combustíveis da Petrobrás, foi celebrado pela Federação Única dos Petroleiros.
De acordo com Deyvid Bacelar, coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP) Deyvid Bacelar, a decisão da empresa deve ser "comemorada pela população brasileira como o fim de um pesadelo”.
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Com a PPI, o preço da gasolina que você compra no posto de gasolina acabava atrelado ao dólar. Contudo, a partir de agora, os combustíveis não serão diretamente afetados pela variação do dólar.
A política foi instaurada pelo governo Temer e continuada pelo governo Jair Bolsonaro. Segundo Barcellar, desde outubro de 2016 a FUP vem defendendo o fim do PPI, por isso festeja o fato de que Lula vai “abrasileirar o preço dos combustíveis, abaixando o preço da gasolina e do gás de cozinha”.
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Na antiga política de preços, instaurada em 15 de outubro de 2016, o preço do botijão de gás de cozinha de 13 quilos (GLP) variou 223,8%, a gasolina variou 112,7%, e o diesel, 121,5%, segundo cálculos do Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (Dieese/subseção FUP).
Esses valores pressionam a inflação e dificultam a vida dos brasileiros. Com gás e combustíveis mais baratos, fica mais barato viver para o trabalhador brasileiro médio.
“Com o fim do PPI, o brasileiro deixará de pagar pelos combustíveis como se fossem importados. A Petrobrás não vai mais considerar apenas a cotação do petróleo e do dólar nem tampouco os custos de importação, passando a considerar principalmente os custos nacionais de produção de petróleo e de refino desse petróleo. Mais de 90 por cento do petróleo nacional é produzido internamente, principalmente no Pré-Sal”, completa Bacelar.