Em discurso na posse de Aloizio Mercadante na presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Lula listou uma série de fake news e disse que a instituição foi vítima da "mentira tresloucada" de Jair Bolsonaro (PL), que se elegeu em 2018 prometendo abrir a "caixa-preta do BNDES", mas desistiu após auditoria mostrar entre os credores apoiadores como Luciano Hang, o veio da Havan.
"O @bndes foi vítima de difamação muito grave durante o último processo eleitoral. E nós vivemos um momento nesse país em que as narrativas, mesmo que mentirosas, valem mais que a verdade muitas vezes. Nós vivemos nos últimos quatro anos um processo de mentira tresloucada. Ou seja, era proibido se dizer a verdade e era importante mentir. E esse banco foi vítima de muita mentira", disse.
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Lula então elencou a série de mentiras, começando pela "caixa-preta" do BNDES e ressaltou que "muitas vezes também os meios de comunicação preferem privilegiar a mentira do que tentar saber a verdade", afirmou Lula, sobre as manchetes da mídia liberal que estamparam o discurso fake de Bolsonaro por estar mais alinhado com as propostas neoliberais que defendem.
"O BNDES nunca foi caixa preta. De tanto martelarem isso na cabeça das pessoas, o banco teve que gastar R$ 48 milhões em uma auditoria internacional em 2020. E o resultado, para decepção dos caluniadores, é de que nada de irregular foi encontrado, porque todas foram contratadas com critérios técnicos e garantias firmes", disse Lula antes de desancar outras fake news, em especial aos empréstimos do banco a empreiteiras brasileiras para realizar obras em países como Cuba e Venezuela.
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"Há, sim, alguns contratos em atraso, todos cobertos por garantias. Mas, o fato é que essas operações deram lucro, além de gerar dinheiro e milhares de empregos no Brasil. E, vamos ser francos, os países que não pagaram - seja Cuba, seja a Venezuela - é porque o [então] presidente resolveu cortar relação com esses países para não cobrar e ficar nos acusando".
Taxa de juros
Lula ainda aproveitou o discurso para mandar novo recado ao presidente do Banco Central, o bolsonarista Roberto Campos Neto, com quem trava uma batalha pela redução da taxa de juros - mantida em 13,75% ao ano para desestimular investimentos no setor produtivo.
"Que país democrático nós queremos criar se a gente não consegue que as pessoas das classes mais baixas não consigam subir um degrau na escala social. E é para isso, meu caro companheiro Aloizio Mercadante, que o BNDES pode prestar um serviço extraordinário. É para isso que o BNDES pode contribuir para que a taxa de juros nesse país caia. Porque eu vou dizer uma coisa para vocês: não tem explicação para que a taxa de juros esteja 13,5%", disse Lula.
"Como é que vou pedir para o Josué [Gomes, empresário] falar para os empresários da Fiesp investir se eles não conseguem tomar dinheiro emprestado", emendou.
Assista ao discurso de Lula na posse do BNDES