Aliados próximos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendem que se “exponha as vísceras” de Jair Bolsonaro (PL). Há, no entanto, entre eles, o receio que uma eventual prisão do ex-presidente pelo Supremo Tribunal Federal (STF), possa transformá-lo em uma espécie de mártir.
De acordo com apuração do colunista Paulo Cappelli, do Metrópoles, pessoas próximas a Lula consideram que prender Bolsonaro pode aumentar a polarização e engessar a agenda positiva de Lula.
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Além disso, aliados de Lula não enxergam uma prova irrefutável que possa colocar Bolsonaro na prisão.
O melhor mesmo, de acordo com eles, é deixar o ex-presidente sangrar aos poucos. A estratégia é dar transparência a supostos malfeitos cometidos por ele no governo e aprofundar investigações em curso, principalmente as de 8 de janeiro, tocadas pela Polícia Federal.
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Para o Planalto, hoje o Brasil está dividido meio a meio, mas Lula deverá passar para 60% de apoio assim que a agenda positiva for implementada.
Agenda positiva
Lula prepara uma agenda positiva de viagens pelo Brasil para inauguração de obras a partir desta segunda-feira (6), quando desembarca no Rio de Janeiro.
Na capital fluminense, será inaugurada uma unidade de saúde e também será anunciada a retomada do planejamento e dos investimentos na área. Lula estará ao lado da ministra da Saúde, Nísia Trindade. A pasta prevê um investimento de R$ 600 milhões para a execução do Programa Nacional de Redução das Filas de Cirurgias Eletivas, Exames Complementares e Consultas Especializadas, que será instituído por meio de uma portaria.
O governo federal segue também mapeando as obras, ações e programas que todos os 37 ministérios da Esplanada podem entregar nos primeiros 100 dias de governo.
No próximo dia 14, a expectativa é de que Lula viaje para Santo Amaro, na Bahia, para o relançamento do Minha Casa Minha Vida. No dia 15, vai a Sergipe para a retomada de obras de estradas. Após o Carnaval, o petista visitará outros estados anunciando investimentos como a volta do programa Água para Todos, que reúne medidas preventivas e corretivas contra a seca, sobretudo nas zonas rurais, devendo iniciar o itinerário pela Paraíba.