GASOLINA

Bolsocaro: Petrobras confirma aumento da gasolina e do diesel

Decisão da estatal irritou lideranças do centrão, que cobram uma redução do preço dos combustíveis

Créditos: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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A Petrobras divulgou na manhã desta sexta-feira (17) os novos valores que serão praticados pelas refinarias da companhia na venda de gasolina e diesel às distribuidoras. O reajuste, que vai impactar no bolso dos brasileiros a partir de sábado (18), será de 5% para a gasolina e 14% para o diesel.

O preço médio de venda de gasolina da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,86 para R$ 4,06 por litro. Já o litro do diesel, que já havia sofrido reajuste em 10 de maio, passará de R$ 4,91 para R$ 5,61.

Em nota, a Petrobras disse que o aumento "reitera seu compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado, ao mesmo tempo em que evita o repasse imediato para os preços internos da volatilidade das cotações internacionais e da taxa de câmbio, ou seja, evita o repasse das variações temporárias que podem ser revertidas no curto prazo".

A decisão do Conselho de Administração da Petrobras realizada na quinta-feira (16) irritou o governo de Jair Bolsonaro (PL) que tenta frear o aumento de preços dos combustíveis, apesar de manter a política de Preço Paridade Internacional (PPI). A PPI dolariza os combustíveis e é a principal razão para o aumento sem controle.

O centrão, preocupado com as dificuldades que Bolsonaro enfrenta na busca pela reeleição, reagiu. 

"Basta! Chegou a hora. A Petrobras não é de seus diretores. É do Brasil. E não pode, por isso, continuar com tanta insensibilidade, ignorar sua função social e abandonar os brasileiros na maior crise do último século", tuitou o ministro Ciro Nogueira, da Casa Civil. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), vai convocar uma reunião de líderes na casa legislativa para discutir a questão e cobrou a renúncia do presidente da estatal, José Mauro Ferreira Coelho.