Em reunião com a diretoria da Petrobras na manhã desta terça-feira (14), integrantes do governo Jair Bolsonaro (PL) - entre eles o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida - pediram para que a estatal congele os preços do diesel e da gasolina ao menos até a tramitação final do PLP 18/2022, que fixa teto de 17% do ICMS sobre os combustíveis, na tentativa desesperada de conter a alta dos preços.
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A exemplo do que fez Paulo Guedes, ministro da Economia, com supermercadistas, Sachsida tenta, a mando de Bolsonaro, travar os preços dos combustíveis até as eleições em outubro.
Caso a estatal se negue, a ideia é fazer a diretoria esperar até a aprovação do PLP para o governo tentar segurar o preço do combustíveis reduzindo a incidência de impostos, mantendo o mesmo valor até a eleição.
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No entanto, a Petrobras com a política de paridade internacional de preços já sofre pressão de importadores para um novo reajuste, que pode cair como uma bomba nas pretensões eleitorais de Bolsonaro.
Segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a defasagem já é de R$ 0,82 para a gasolina - que pode elevar a R$ 10 o litro em muitas regiões do país - e de R$ 0,95 o diesel, que causaria um efeito cascata na inflação.
Novo dono da Refinaria Landulfo Alves, na Bahia, que foi rebatizada como refinaria Mataripe, o fundo de investimento árabe Mubadala tem realizado reajustes semanais de preços.
Enquanto na Petrobras importadores apontam defasagem de 20% na gasolina e 19% no diesel, na Mataripe a diferença de preços com o mercado internacional é de 4% e 3%, respectivamente.