O poder de compra do salário mínimo cresceu 57,8% durante os governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), enquanto na atual gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL) perdeu 1,8%, o menor índice desde a implantação do Plano Real, em 1994.
Os cálculos da corretora Tullett Prebon Brasil apontam ainda que durante os anos de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), o mínimo cresceu 50,9%. Já com Dilma Rousseff (PT) o crescimento foi de 12,7% e com Michel Temer ficou em 3,3%.
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Pelos cálculos da corretora, o piso salarial com Bolsonaro cairá de R$ 1.213,84 para R$ 1.193,37 entre dezembro de 2018 e dezembro de 2022, descontada a inflação.
Explicações
Dois fatores explicam a perda inédita. Um deles é o ajuste fiscal, pelo peso do salário mínimo na indexação do Orçamento da União, ou seja, reajustes no piso têm impacto em uma gama de outras despesas, como benefícios sociais e gastos com Previdência. O segundo é a aceleração da inflação.
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De 2012 para 2022, os preços dos alimentos explodiram de forma vertiginosa enquanto o poder de compra dos brasileiros se reduziu drasticamente.
Para ter uma ideia, em 2012, quando o salário mínimo era de R$ 620, uma compra no supermercado ficava em torno de R$ 200, portanto, representava 32% deste salário. Atualmente, o salário mínimo é de R$ 1212, 30% deste salário representa R$ 363,60 - o que hoje em dia não é suficiente para fazer uma "compra do mês", conforme relatam inúmeros consumidores.