REGULAÇÃO DAS REDES

Veja qual crime lidera as violações de direitos humanos na internet

Levantamento do Ministério dos Direitos Humanos aponta a incidência dos principais crimes de ódio no ambiente virtual entre 2017 e 2022

Governo identifica 76 mil casos de incitação a crimes contra a vida na internet.Créditos: Freestocks.org/Pexels
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O Ministério dos Direitos Humanos, através da plataforma ObservaDH, apontou que entre 2017 e 2022, o crime de ódio mais registrado na Internet foi o de incitação à violência contra a vida. Foram mais de 76 mil casos denunciados na Central da Safernet.

Logo em seguida, o crime mais registrado foi o de misoginia, totalizando 74,3 mil casos no total. Esse também foi o tipo de crime que mais cresceu, passando de 961 denúncias, em 2017, para 28,6 mil em 2022, representando um aumento de quase 30 vezes.

Também foram registradas 45,6 mil denúncias de racismo, 32,6 mil casos de neonazismo, 28,3 mil de LGBTfobia, 25,9 mil ocorrências de xenofobia e 10,2 mil de intolerância religiosa entre os cinco anos analisados pela pasta.

No total, o número de denúncias de crimes de ódio chegou a 293,2 mil. Esses crimes são motivados por preconceito ou intolerância contra grupos ou indivíduos por sua identidade ou orientação sexual, gênero, etnia, nacionalidade ou religião, e podem assumir diversas formas na internet, como ofensas, ameaças, injúrias, difamações, incitações à violência, apologias ao crime e divulgação de imagens ou vídeos humilhantes.

O ministério ainda reforçou que os dados corroboram com o debate sobre o Projeto de Lei 2.630/2020, conhecido como PL das Fake News, que propõe a regulação das plataformas digitais a fim de que conteúdos que violem os direitos humanos sejam moderados por grandes empresas. 

Em dezembro, o ministro Silvio Almeida classificou a regulação das redes sociais como “um imperativo civilizatório, após uma jovem cometer suicídio diante da propagação de mentiras nas redes sociais.