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VÍDEO: Cantor, marido de campeã olímpica de vôlei, acusa Carrefour de racismo

Vinicius de Paulo anunciou que entrará na Justiça. Advogado lembrou Beto Freitas, assassinado por seguranças em um das lojas do Carrefour: "uma empresa que mata negro, que humilha, que ultraja"

Vinicius com a esposa, Fabi Claudino, e o advogado Hédio.Créditos: Twitter
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Passados pouco mais de dois anos do espancamento e asfixia até a morte de Beto Freitas, homem negro morto por seguranças do Carrefour em Porto Alegre, a rede varejista voltou a ser acusada de racismo, desta vez por um caso na unidade Alphaville, em São Paulo.

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Na última sexta-feira (7), o cantor e apresentador Vinicius de Paula, casado com a bicampeã olímpica de vôlei Fabi Claudino, denunciou nas redes sociais o caso de racismo ao relatar que foi preterido de ser atendido em um caixa preferencial, mesmo sem ninguém na fila.

"A atendente do caixa insistiu e disse que não poderia atender. Me dirigi para outro caixa e fiquei esperando para ser atendido. Quando olho pra trás a atendente estava com uma cliente branca não preferencial no caixa", escreveu elel, que diz que foi buscar informações sobre o ocorrido e "obviamente ninguém soube explicar".

"Alguns funcionários aqui me disseram que na ausência de cliente presencial, podemos usar. Agora eu pergunto pra você @carrefourbrasil e pra você que lê isso. Até quando? Mesmo com todo histórico vocês não aprendem! Até eu entender que eu tava sofrendo racismo ali, demorou", relatou.

"Honestamente eu não sei o que fazer, eu tô dentro do carro chorando sem ação! Meu coração da doendo", emendou Vinicius na sexta-feira, após o ocorrido.

Neste sábado (8), o cantor voltou às redes e gravou um vídeo ao lado da esposa e do advogado, identificado como Hédio.

"Boa tarde! Muitos acompanharam o que aconteceu comigo ontem no Carrefour aqui em Alphaville. Depois de muita conversa com minha família, achamos por bem tomar as medidas cabíveis", disse o cantor.

Em fala dura, o advogado lembrou o assassinato de Betro Freitas e disse que o "Carrefour é uma empresa que mata negros".

"Carrefour é uma empresa que não aprende e não esquece nada. Uma empresa que mata negro, que humilha, que ultraja, que constrange. O que o Vinicius passou ontem é crime, está absolutamente traumatizado do ponto de vista emocional e psíquico. Pelo jeito, o Carrefour não implantou nenhum programa significativo, substantivo. Dessa vez, isso não vai passar impune".

Em nota, o Carrefour afirma que "imediatamente, a colaboradora foi afastada pela gerência, e no mesmo dia foi desligada".

"A rede informa que a situação com o cliente aconteceu no dia 7/04, às 15h e, imediatamente, a colaboradora foi afastada pela gerência, e no mesmo dia foi desligada. Acolhemos o cliente e nos mantivemos abertos ao diálogo. Repudiamos qualquer tipo de discriminação e temos uma política de tolerância zero contra este tipo de comportamento inadequado", diz o texto.

Assista ao vídeo e leia os tuites