A rede de hipermercados Carrefour voltou a virar notícia nesta segunda-feira (25) - mais uma vez de forma negativa. Um vídeo que começou a circular nas redes sociais mostra um funcionário sendo humilhado por uma gerente da unidade da empresa em Campo Grande (MS).
O funcionário em questão foi identificado pelo portal G1 como Pedro Henrique Monteiro da Silva de 23 anos. Nas imagens, é possível ver que o jovem está de joelhos limpando o chão enquanto ouve insultos da gerente.
"Olha aí, só pra você esse cara tem valor. Esses meninos, eles não limpam a casa deles”, diz a mulher enquanto Pedro Henrique esfrega o chão com um pano.
Assista.
Segundo o funcionário, o caso aconteceu em setembro e o momento foi gravado por uma cliente que estava no hipermercado.
Segundo o funcionário, a gerente havia pedido para que ele realizasse inúmeras tarefas, já depois de ter terminado suas obrigações, para ajudar um colega. Uma delas seria retirar a marca de uma fita preta colada no chão para marcar o distanciamento social. Como a marca não estava saindo com produtos de limpeza normais, o jovem acionou a equipe de limpeza, que teria informado que precisaria de uma máquina que não estava disponível naquele momento.
Pedro Henrique, então, teria sido obrigado a retirar a marca com as próprias mãos e, durante este serviço, a gerente ficou nervosa e começado a humilhá-lo.
“Já é costume ela ser assim, desde que chegou. Mas eu não queria mídia, não queria manchar o nome da empresa. Eu tinha outros gerentes muito bons. Eles me deram uma oportunidade, eu quero crescer. Tenho medo de ser demitido", disse o jovem ao portal G1.
Em nota, o Carrefour informou "repudia todo e qualquer comportamento indevido por parte de seus colaboradores" e que está "apurando o caso internamente", adicionando que a gerente foi afastada.
O caso gerou revolta nas redes sociais e levou o termo Carrefour à lista de assuntos mais comentados do Twitter na noite desta segunda-feira (25). Isso porque o caso vem após um grande histórico da empresa de racismo e péssimas condições de trabalho. O caso mais emblemático aconteceu em 2020, quando João Alberto Freitas foi espancado até a morte, dentro de uma unidade da rede, por seguranças.