Nesta quarta-feira (26), durante as perfurações de uma obra da Ecovias Minas Goiás na BR-050, na região do Triângulo Mineiro, escavações revelaram um achado arqueológico: fragmentos fósseis possivelmente pertencentes a uma espécie de titanossauro que viveu na região no Cretáceo Superior [período entre 100,5 milhões e 66 milhões de anos atrás].
De acordo com o técnico em paleontologia Paulo Macedo, que foi acionado pela empresa responsável pelas obras para avaliar os achados, os fragmentos encontrados, que eram cinco ao todo, podem corresponder ao osso da perna — a fíbula — e aos ossos da costela do titanossauro, com comprimento estimado de até 12 metros e 13 toneladas de peso.
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A região do Triângulo Mineiro é conhecida pela alta incidência de achados fósseis de dinossauros, espécies de lagartos primitivas e outros animais pré-históricos. Em 2015, uma situação parecida ocorreu na região central de Uberaba, quando um outro fóssil de dinossauro, com idade estimada em 80 milhões de anos, foi encontrado em um canteiro de obras ativo — também se tratava de um titanossauro.
Na última década, foram descobertas pelo menos três espécies distintas de dinossauros desse gênero na região de Uberaba, conhecida como “a cidade dos dinossauros”: Uberabatitan riberoi, Trigonosaurus pricei e Baurutitan britoi.
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Os fragmentos descobertos nesta quarta (26) devem ser levados, agora, para o Museu Paleontológico de Peirópolis, que fica em Uberaba, a fim de compará-los ao de outros fósseis de titanossauros já descobertos na região para identificar se se trata de uma nova espécie.
Os titanossauros são um grupo de dinossauros saurópodes (de corpos robustos e pescoço comprido, com uma cabeça de tamanho reduzido) e herbívoros que habitou formações geológicas do Sudeste e do Centro-Oeste do Brasil. Eles faziam parte da fauna do supercontinente Gondwana.
Eles eram quadrúpedes e viviam em grupos em regiões semiáridas, e os fósseis encontrados em território brasileiro indicam que estiveram por aqui até o final do período Cretáceo.
