EMPREGO

Ranking define melhores países no mundo para equilibrar vida e trabalho; saiba posição do Brasil

Dados da OCDE mostram que, nas maiores economias do mundo, pelo menos 60% do tempo diário é gasto com atividades pessoais e de lazer, e apenas 10% das pessoas trabalham mais de 50 horas por semana

Trabalho corporativo (imagem ilustrativa).Créditos: pixabay
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O que se deve considerar importante para determinar boas condições de trabalho em um país?

Dados como o nível de emprego e de salários podem ser bons medidores da produtividade e da renda de um país, mas não são suficientes para entender efeitos mais subjetivos de viver e trabalhar em um lugar e do que é necessário para um equilíbrio saudável entre vida e emprego. 

Outros dados mais específicos, como benefícios e direitos trabalhistas, carga horária mensal de trabalho e flexibilidade podem ser mais assertivos para medir a satisfação e a felicidade de trabalho num determinado país. 

Foram esses os fatores que o relatório global de "Equilíbrio entre vida e trabalho" (Global Life-Work Balance Index), da empresa de tecnologia Remote, levou em consideração para analisar a lista de países que oferecem as melhores condições de trabalho (num sentido amplo), considerando as estatísticas para o ano de 2024.

Os 10 primeiros países no ranking pontuaram melhor em "fatores importantes do ambiente de trabalho", como "férias anuais obrigatórias, licença maternidade remunerada e média de horas trabalhadas por funcionário", informa a Remote.

O primeiro país da lista alcançou uma pontuação de 80.76 (de um total máximo de 100), e o décimo lugar, de 70.6.

Já o último lugar da lista (que considerou um total de 60 países) teve uma pontuação de apenas 16.15.

No ranking da Remote para 2023, o Brasil ocupava o décimo lugar da lista, atrás de Nova Zelândia, Espanha, França, Austrália, Dinamarca, Noruega, Países Baixos, Reino Unido e Canadá. 

No ranking mais atual, no entanto, o país caiu para a 25° posição, com uma pontuação de 56.84. 

Melhores países para equilibrar vida e trabalho em 2024 

1. Nova Zelândia

2. Irlanda

3. Bélgica

4. Dinamarca

5. Canadá

6. Alemanha

7. Finlândia

8. Austrália

9. Noruega

10. Espanha

O Canadá passou, de 2023 a 2024, da nona para a quinta posição; a Nova Zelândia manteve a liderança no primeiro lugar; e países como Reino Unido e França deixaram oficialmente o top 10.

De acordo com a BBC, no entanto, ao levar em conta também os dados da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) a respeito da carga horária, do tempo de lazer e de cuidados pessoais entre as 22 maiores economias do mundo a compor a organização, o ranking (considerando dados para o ano de 2023) mostrava posições um pouco diferentes, em que a Nova Zelândia não ocupava o primeiro lugar — aliás, não ocupava sequer a lista dos 10 primeiros lugares —, e em que a Rússia dá entrada na lista.

Melhores países para equilibrar vida e trabalho em 2023, de acordo com a OCDE:

1. Itália

2. Dinamarca

3. Noruega

4. Espanha

5. Países Baixos

6. França

7. Suécia

8. Alemanha

9. Rússia

10. Bélgica

Dependendo do que se prioriza na análise, as listas podem variar bastante. Se o aspecto primordial a ser considerado for, por exemplo, a quantidade de horas diárias dedicadas ao lazer, França e Itália saem em disparada, em cerca de 16,2 e 16,5 horas por dia, respectivamente. 

Na maioria dos países que pontuam bem, o dia de trabalho se inicia depois das 8h da manhã e acaba no máximo às 16h da tarde. As jornadas de trabalho dos melhores países também costumam dar lugar à flexibilidade de arranjos, em que os funcionários podem negociar diferentes horários ou padrões de atividades produtivas.

É o caso, por exemplo, da Dinamarca, onde foi criada uma nova categoria de trabalho (os "flexjobs"), para "acolher empregados que trabalham em ritmo diferente ou precisam de horários menores", afirma o Better Life Index da OCDE, aprovada ainda em 1998.

Dados da OCDE mostram que, nas maiores economias do mundo (com exceção dos EUA), pelo menos 60% do tempo diário é gasto com atividades pessoais e de lazer, e penas 10% dos funcionários de países da OCDE trabalham mais de 50 horas por semana.

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