CINEMA

Lula encontra Fernanda Torres e celebra sucesso do filme “Ainda Estou Aqui"

Novo filme de Walter Salles foi o escolhido para disputar uma vaga na categoria de Melhor Filme Estrangeiro no Oscar 2025

Lula encontra Fernanda Torres e celebra sucesso do filme “Ainda Estou Aqui".Créditos: Reprodução redes sociais
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O presidente Lula (PT), que está nos EUA e nesta terça-feira (24) fez o discurso de abertura da 79ª Assembleia Geral das Nações Unidas, encontrou-se com a atriz Fernanda Torres, que está em turnê de divulgação do filme "Ainda Estou Aqui", o novo longa-metragem de Walter Salles (Central do Brasil), e também marcou presença na Assembleia da ONU.

Por meio de suas redes, o presidente Lula celebrou o encontro com a atriz. "Eu me encontrei hoje com a grande atriz Fernanda Torres, que está com o filme 'Ainda Estou Aqui', representante brasileiro no Oscar em 2025", declarou o mandatário.

‘Ainda Estou Aqui’ é escolhido para representar o Brasil na disputa pelo Oscar
 

A Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais oficializou nesta segunda-feira (23), a escolha de "Ainda Estou Aqui", dirigido por Walter Salles, como representante do Brasil na disputa pela categoria de Melhor Filme Internacional do Oscar 2025. O longa-metragem terá sua estreia nacional nos cinemas em 7 de novembro.

O filme, que se destacou entre outros longas fortes como "Motel Destino" e "Cidade Campo", e foi selecionado por unanimidade pela Comissão de Seleção. Agora, a produção disputa uma das dez vagas na categoria de Melhor Filme Internacional. A lista de pré-selecionados será divulgada no dia 17 de dezembro, e os finalistas, que concorrerão ao Oscar, serão conhecidos em 17 de janeiro.

O filme acompanha a luta de Eunice Paiva (Fernanda Torres) por justiça após o assassinato de seu marido, Rubens Paiva (Selton Mello), durante a ditadura militar. Fernanda Montenegro interpreta Eunice em sua juventude. Uma das personagens que acompanha a filha de Fernanda Montenegro, Fernanda Torres ao longo de quase toda a história é a Zezé, empregada da casa, que atua como um importante braço direito de Eunice e suas filhas no regime militar. 

“O processo de construção da Zezé foi imersivo e revolucionário pra mim. Ela é uma personagem que está ali, ao lado de Eunice Paiva, uma mulher que teve a vida atravessada pela ditadura assim como muitas outras. A Zezé é o apoio essencial para aquela família diante de todas as atrocidades que acometeram os Paivas”, ressaltou a atriz Pri Helena à Fórum. 

“É marcada pela sororidade entre essas duas mulheres. Zezé está lá, vivendo os impactos da ditadura ao lado da família Paiva. O apoio emocional e prático que ela oferece constrói uma parceria entre essas duas mulheres, ambas enfrentando a violência da época de formas diferentes”

Já com data de estreia no Brasil, em janeiro de 2025, o filme foi o principal destaque no 81º Festival de Cinema de Veneza, levando o Leão de Ouro, prêmio de Melhor Roteiro. “Ainda Estou Aqui" vai trazer ainda mais visibilidade para o cinema brasileiro e também para todos os envolvidos nesse projeto.”, destacou a atriz.

ENTREVISTA COMPLETA: “Imersivo e revolucionário”, afirma atriz do elenco de ‘Ainda Estou Aqui’ à Fórum

A seleção de um filme para representar o Brasil no Oscar é um processo que acontece todos os anos. Em 2023, "Retratos Fantasmas", de Kleber Mendonça Filho, foi o escolhido, mas não chegou a ganhar a premiação. No entanto, são raros os casos em que um filme brasileiro figura entre os cinco finalistas da premiação.

"Central do Brasil", do próprio diretor Walter Salles, em 1999, havia sido a última produção brasileira a ser indicada ao Oscar na categoria. Em edições anteriores, filmes como "Marte Um" de Gabriel Martins, "Deserto Particular" de Aly Muritiba e "Bingo: O Rei das Manhãs" de Daniel Rezende também representaram o Brasil na disputa pelo Oscar. Em 2008, "O Ano em Que Meus Pais Saíram de Férias", de Cao Hamburger, alcançou a fase de pré-indicado, mas não conseguiu a indicação final.

Em 2024, o cinema brasileiro completou 26 anos sem conquistar uma indicação ao Oscar na categoria de Melhor Filme Internacional. Ao longo de seus 96 anos de história, a premiação americana nunca contemplou uma produção brasileira.