A disputa pelo espólio do cantor e compositor João Gilberto ganhou mais um capítulo recentemente. Além dos filhos, - a cantora Bebel, o músico João Marcelo, a estudante Luísa, de 20 anos – e a até então ex-esposa, a moçambicana Maria do Céu Harris, 61, acaba de entrar na pendenga a jornalista e artista plástica Claudia Faissol, 52.
Cláudia, que é mãe da filha caçula de João, ingressou em abril com uma ação na 18ª Vara de Família do Rio de Janeiro requerendo o reconhecimento da união estável com o cantor entre 2006 e 2017.
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Maria do Céu, por sua vez, alega que teve uma vida comum com o cantor desde que o conheceu em um show em Portugal, em 1984, até sua morte, em 2019, o que dá 35 anos de vida em comum, entre rompimentos e voltas.
Cláudia afirmou em entrevista à Veja ter tomado a “decisão de requerer a união estável para trazer a verdade dos fatos e não permitir que ninguém apague nossa história. Tive uma relação pública e contínua com o João, da qual nasceu nossa filha”.
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Ela anexou ao processo documentos e dezenas de fotos da convivência em família e de viagens juntos, além de uma lista de testemunhas que prometem provar a união.
Maria do Céu, por sua vez, apresentou à Justiça extratos de contas, despesas de viagens, comprovantes de residência e fotografias. A Justiça reconheceu a relação em caráter liminar em 2022, além de determinar a reserva de 50% da herança até que a ação seja julgada.
“Querem me retratar como uma qualquer, algo que jamais fui. Como alguém pode dizer que viveu com ele por mais de trinta anos se eu estava diariamente no apartamento do João por mais de uma década? Minha filha, que ia comigo, jamais viu a Maria do Céu”, rebate Claudia.
O patrimônio
João não tem nenhum patrimônio físico. O imóvel que morava no bairro do Leblon, no Rio de Janeiro, tem várias dívidas pendentes. Mulheres e filhos brigam por R$ 150 milhões de indenização que a gravadora EMI-Odeon teria que pagar ao músico por ter adulterado a gravação original de seus três primeiros discos Chega de Saudade (1959), O Amor, O Sorriso e a Flor (1960) e João Gilberto (1961).