A Justiça do Rio de Janeiro determinou que a gravadora EMI, pertencente à Universal Music, pague indenização milionária, no valor de R$ 150 milhões, aos herdeiros do músico João Gilberto, considerado o "pai da Bossa Nova", que morreu em 2019.
A decisão ocorreu após a 14ª Câmara de Direito Privado do Rio homologar laudo pericial, elaborado em fevereiro, para definir o valor da indenização.
Te podría interesar
O desembargador Adolpho Mello Júnior, relator da ação, referendou o documento, o quarto produzido no âmbito da causa, que teve início 27 anos atrás. A EMI alterou a mixagem de gravações clássicas de João Gilberto para relançar o acervo em CD, de acordo com informações de Lauro Jardim, em O Globo.
O documento produzido antes sugeria que a reparação deveria ser de R$ 13 milhões. Porém, a defesa da família do artista, logo depois da morte dele, denunciou à Justiça que a EMI teria fraudado o cálculo, pois a quantia teria sido indicada pela própria gravadora.
Te podría interesar
Após isso, o valor foi recalculado e, há oito meses, foi definido em R$ 150 milhões devidos. Entretanto, ainda faltava a confirmação do Judiciário, o que aconteceu agora.
Quem são os herdeiros do artista
Depois que a EMI pagar, a quantia será repassada ao espólio e, ao fim do inventário, dividida entre os herdeiros. São eles: o músico João Marcelo, a cantora Bebel Gilberto e Luísa Carolina. Ainda há Maria do Céu Harris, que tenta provar que viveu uma união estável com João Gilberto.