O prestigiado escritor brasileiro Paulo Coelho deu sinais de que aderiu à sugestão de internautas no sentido de boicotar a Adidas. Ele fez uma postagem no X, antigo Twitter, nesta segunda-feira (22), na qual associa a empresa de material esportivo ao nazismo.
O movimento crítico nas redes sociais surgiu depois que a Adidas retirou da campanha publicitária de um tênis a modelo Bella Hadid, apoiadora da Palestina.
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Bella Hadid é filha de pai palestino e a campanha reedita o lançamento do tênis SL72 usado nos Jogos Olímpicos de Munique, na Alemanha, em 1972, que ficou marcado por ataque a atletas israelenses.
A modelo, que anteriormente atraiu a ira do governo israelense por supostamente entoar o slogan “Do rio ao mar, a Palestina será livre”, foi acusada de antissemitismo.
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Bella criticou várias vezes o governo de Israel e apoiou os palestinos ao longo dos anos. Ela chegou a dar uma declaração no Instagram lamentando a perda de vidas inocentes, enquanto convocava os seguidores a pressionar seus líderes para proteger os civis em Gaza.
Críticas da comunidade israelense
A decisão da Adidas veio após uma série de críticas da comunidade israelense dos Estados Unidos, afirmando que a publicidade era desrespeitosa. Bella Hadid, de 27 anos, sempre se posicionou a favor dos direitos do povo palestino, principalmente após o início do massacre de Israel na Faixa de Gaza em outubro do ano passado.
“Para a Adidas escolher uma modelo anti-Israel para relembrar essas Olimpíadas sombrias é um descuido massivo ou intencionalmente inflamatório. Nenhum dos dois é aceitável”, criticou em nota o Comitê Judaico Americano.
Após as críticas, a Adidas emitiu uma nota se desculpando com a comunidade israelense. “Estamos cientes de que foram estabelecidas ligações com eventos históricos trágicos, embora estes sejam totalmente involuntários, e pedimos desculpas por qualquer incômodo ou dor que isso possa ter causado”, declarou a marca, em um comunicado enviado à AFP.