ELEIÇÃO

Lilia Schwarcz é a mais nova imortal da Academia Brasileira de Letras

A antropóloga e historiadora recebeu 24 dos 38 votos possíveis e vai ocupar a cadeira 9, após a morte de Alberto da Costa e Silva

Lilia Schwarcz.Créditos: Divulgação/inb.org.br
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A antropóloga e historiadora paulistana Lilia Schwarcz foi eleita, nesta quinta-feira (7), a mais nova imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL).

Lilia recebeu 24 dos 38 votos possíveis e ocupará a cadeira número 9, em substituição ao também historiador Alberto da Costa e Silva, morto em novembro de 2023.

"Não é segredo para ninguém que essa minha candidatura é em honra ao Dr. Alberto da Costa e Silva, para mim faz um imenso sentido entrar na vaga dele. Ele era meu pai espiritual, meu pai intelectual, meu pai afetivo. Gostaria muito de seguir os seus passos e cuidar, em primeiro lugar, da memória. Vasculhar os arquivos como ele fazia e contar uma história mais múltipla. A ABL é fundamental para a memória do país”, declarou Lilia.

A acadenia celebrou a escolha, em suas redes sociais: "É com grande alegria que anunciamos que Lilia Schwarcz é a mais nova integrante da Academia Brasileira de Letras.

Ela recebeu 24 votos, de 38 possíveis, na eleição que ocorreu na tarde desta quinta-feira, 7 de março. A nova Acadêmica ocupará a cadeira n.º 9, vaga desde o falecimento de Alberto da Costa e Silva.

Lilia Katri Moritz Schwarcz é historiadora e antropóloga. Sua trajetória acadêmica e intelectual é marcada por uma profunda dedicação ao estudo da cultura e da história do Brasil, com ênfase especial nas relações raciais, na identidade nacional e na memória coletiva.

Seja bem-vinda à Casa de Machado de Assis, Lilia!”
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Breve currículo da imortal

Lilia também é escritora e professora sênior do Departamento de Antropologia da Universidade de São Paulo (USP), vencedora de vários prêmios Jabuti e autora de livros como “As barbas do imperador” (1998), “Dicionário da escravidão e liberdade” (2018) e “Óculos de cor: ver e não enxergar” (2022).

Lilia confirmou seu favoritismo e superou o diplomata e escritor Edgar Telles Ribeiro, que recebeu 12 votos, além de Chirles Oliveira Santos, Ney Suassuna e Antônio Hélio da Silva.