Após declarações do músico britânico Roger Waters sobre os conflitos na Ucrânia e na Faixa de Gaza, a gravadora Bertelsmann Music Group (BMG) optou por encerrar o contrato com o cofundador da banda Pink Floyd. Conhecido por seu ativismo político, Waters advogou pela causa palestina e denuncia há anos as violações do governo israelense contra os habitantes dos territórios ocupados em Gaza e na Cisjordânia.
O músico enfrenta acusações de antissemitismo por parte de grupos israelenses, embora tenha uma postura antisionista. Em 2023, durante um discurso no Conselho de Segurança das Nações Unidas a convite da Rússia, Waters disse que a Ucrânia deu motivos para ser invadida. Durante uma entrevista concedida a Glenn Greenwald em novembro, Waters revelou que a decisão da empresa ocorreu devido aos interesses pró-Israel da Bertelsmann, que é a proprietária da BMG.
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O recém-nomeado presidente do grupo alemão, Thomas Coesfeld, que assumiu a função no ano passado, rescindiu o contrato com o artista, de acordo com informações da revista americana Variety. Inicialmente, estava planejado que o músico lançaria uma nova versão do clássico álbum "Dark Side of the Moon" (1973) em colaboração com a empresa; no entanto, o projeto acabou sendo lançado pela gravadora independente Cooking Vinyl, do Reino Unido.
Condecorado por defesa aos direitos humanos
Em outubro, o ex-Pink Floyd foi homenageado na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. A vereadora Monica Benicio (PSOL), viúva de Marielle Franco, entregou a ele a Medalha Pedro Ernesto, a maior honraria do município. A homenagem foi uma forma de reconhecer o ativismo de Waters em defesa dos direitos humanos, contra regimes ditatoriais e do povo palestino.
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"Roger é um ativista incansável que usa sua voz para combater as injustiças do mundo. É um grande companheiro na luta por justiça por Marielle e Anderson e ainda tenho o privilégio de chamá-lo de amigo. Nossa cidade e nosso país têm sido palco de inúmeras desigualdades e injustiças. As pessoas que estão aqui hoje entregam suas vidas em nome de um mundo melhor", afirmou Mônica Bonicio na época.