ÍCONE DO TEATRO BAIANO

Diretor e ator Harildo Déda morre aos 83 anos no Dia do Teatro

Artista atuou em séries como 'O Pagador de promessas' e 'Dona Flor e seus Dois Maridos', além de filmes consagrados

Harildo Déda trabalhou em cerca de 70 peças teatrais e mais de 20 espetáculos.Créditos: Reprodução/Redes Sociais
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O ator e diretor de teatro Harildo Déda, morreu aos 83 anos, em Salvador. Considerado um dos grandes nomes do teatro baiano, Déda deixou um legado inestimável para as artes cênicas. A notícia foi confirmada nesta terça-feira por seu amigo e presidente da Fundação Gregório de Mattos (FGM), Fernando Guerreiro.

Uma triste coincidência é que seu falecimento se dá justamente no dia do teatro brasileiro, que também é comemorado hoje (19). O ator estava internado no Hospital Português, localizado no bairro da Barra, em Salvador, e teve falência múltipla dos órgãos.

Na manhã desta terça, uma homenagem será realizada para Harildo no Teatro Martim Gonçalves, pertencente à Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia (Ufba), onde ele atuou como professor antes de se aposentar.

“Mestre Harildo agora é memória viva, presente, preservada em cada aluno, em cada aluna, que levarão para sempre a sua sublime generosidade e entrega ao trabalho de esculpir vidas. Viva Harildo Deda”, disse Guerreiro em nota, ao prestar uma homenagem.

Carreira

Harildo era natural de Simão Dias (SE) e se mudou para Salvador aos 12 anos. Lá ele iniciou o caminho nas artes cênicas, se tornando um consagrado diretor do teatro baiano.

Como ator, Déda brilhou em cerca de 70 peças teatrais, demonstrando uma versatilidade e talento inegáveis. Além disso, também dirigiu mais de 20 espetáculos, deixando uma marca única em cada produção.

Importante destacar que sua carreira não se limitou aos palcos do teatro. Na televisão, ele atuou em séries de sucesso como “O Pagador de Promessas” e “Dona Flor e seus Dois Maridos”, bem como “Carga Pesada”. Já no cinema, ele participou de filmes consagrados como “Tieta do Agreste”, “Central do Brasil” e “Cidade Baixa”.

O diretor guiou e influenciou a carreira de artistas hoje reconhecidos, como Vladimir Brichta, Marcelo Flores e Alethea Novaes. Sua dedicação e paixão pelo teatro deixaram uma marca indelével na comunidade artística como um todo.

Ao completar 80 anos, Déda recebeu uma homenagem merecida da Fundação Gregório de Mattos (FGM). Em reconhecimento à sua contribuição para as artes cênicas, uma das salas do novo prédio da FGM, localizado no Espaço Cultural Boca de Brasa, na Barroquinha, foi batizada com o seu nome.