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O diretor Francisco Medeiros, um dos principais nomes do teatro paulistano, morreu nesta quarta-feira (16). Diagnosticado com câncer na próstata, ele estava internado desde setembro no Hospital AC Camargo, na Aclimação.
Chiquinho, como era conhecido, enfrentava a doença há dez anos. Nos últimos tempos, o câncer atingiu metástase. O artista deve ser velado e cremado na Vila Alpina.
Francisco Alberto Azevedo Medeiros nasceu em 1948 e assinou montagens marcantes na área teatral e da dança. Trabalhou nos grupos Stagium, com a bailarina Ruth Rachou e Maria Duchenes. Estreou na direção com Fando e Lis, de Fernando Arrabal, em 1972.
Artaud, O Espírito do Teatro (1984), considerado uma de suas maiores encenações, em parceria com José Rubens Siqueira, foi premiada com um Prêmio Molière. Em 1987, ele estreou Depois do Expediente, de Franz Xaver Kroetz, que rendeu um Molière à interpretação de Ileana Kwasinski.
Em 2001, dirigiu Suburbia, texto do americano Eric Bogosian. Voltado para o público jovem, a montagem revelou um time de atores, como Bárbara Paz, Luciano Gatti e Marcos Damigo. Os monólogos A Última Gravação de Krapp, com o ator Antonio Petrin, e A Noite Antes da Floresta, protagonizado por Otávio Martins, reafirmam o talento de Medeiros para encenações econômicas com intérpretes vigorosos.
Chiquinho atuou também como crítico de teatro para crianças do Jornal da Tarde, entre os anos 1978 e 1980.
Sua última encenação foi a direção do espetáculo Extinção, ao lado de Marcio Aurelio, no solo de Denise Stoklos, que estreou em 2018, no Sesc Consolação. Desde então, Chiquinho se dedicava a prestar consultoria com jovens grupos de teatro e dança no interior do estado.
Com informações da Veja e do Estadão