Após mais de dois meses, Maria Rita cedeu e decidiu adiar o lançamento do single “Como nossos pais”, de Belchior. A música é a trilha sonora de uma polêmica propaganda da Volkswagen, que utilizou a tecnologia de Inteligência Artificial (IA) para projetar um dueto entre Maria Rita e sua mãe, Elis Regina, falecida em 1982.
Em julho deste ano, o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) abriu um processo contra a Volkswagen por conta do uso de Inteligência Artificial em uma campanha publicitária. O anúncio, que comemorava os 70 anos da marca, trazia a imagem da cantora Elis Regina recriada por meio da técnica de deepfake.
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Questão ética e veracidade
O Conar recebeu uma denúncia de que a campanha poderia ser considerada enganosa, pois não informava que as imagens foram criadas por Inteligência Artificial. O órgão também considerou que a campanha poderia ser exploratória, pois poderia causar confusão entre ficção e realidade.
Em agosto, o Conar decidiu arquivar o processo. O órgão considerou que a campanha não violou o Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária. A decisão gerou um debate sobre o uso de inteligência artificial na publicidade.
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Dividiu opiniões
Alguns especialistas acreditam que o uso de deepfakes é uma ferramenta que pode ser usada de forma ética e responsável. Já outros, no entanto, acreditam que o uso de deepfakes pode ser perigoso e exploratório.
De acordo com o colunista Lauro Jardim, o hit estava previsto para chegar ao streaming no mês de julho. No momento, não há qualquer sinal de que a música será de fato lançada e nem mesmo uma definição da situação contrária.
Direito à memória
Ao adiar o lançamento do single, Maria Rita estaria protegendo a memória de Elis Regina, garantindo que seu legado seja tratado com o devido respeito. A decisão pode servir também como um alerta para outras empresas e artistas sobre a necessidade de obter a devida autorização antes de usar a imagem e a voz de artistas já falecidos.