MARGARETH MENEZES

Margareth Menezes entra na briga com Sílvio Santos pelo parque do Oficina

Ministra da Cultura esteve presente em um ato pelo legado de Zé Celso ao lado de artistas e políticos

Margareth Menezes.Créditos: Divulgação
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A ministra da Cultura, Margareth Menezes, esteve nesta terça-feira (8), em um ato no Teatro Oficina. Na ocasião, além de celebrar o legado do dramaturgo Zé Celso, morto no mês passado, ela defendeu a criação do Parque do Rio Bexiga, ao lado do teatro, uma briga histórica do dramaturgo contra o grupo Sílvio Santos.

Zé Celso foi um defensor incansável da implantação do espaço verde ao lado do teatro. Durante 40 anos, ele e o apresentador Sílvio Santos, que quer fazer um empreendimento imobiliário no terreno, travaram disputas intensas pelo local.

"[O Oficina] É um tesouro para nós, para a cultura brasileira. Zé Celso deixou esse legado importante que transformou a vida de tantas pessoas. Então, neste momento, tudo que podemos fazer é apoiar e estar junto com o movimento [pelo parque do Rio Bexiga]", diz Menezes à coluna de Mônica Bergamo.

"A gente, conseguindo realizar isso, vai trazer qualidade de vida para todo o entorno [do teatro]. Será um presente, um pulmão de sustentabilidade para a cidade de São Paulo", segue.

Conversa com Sílvio Santos

Margareth Menezes diz que não tratou do assunto com Sílvio Santos, mas que deve procura-lo mais pra frente. "Primeiro, vamos pensar em nós. Estamos levantando as situações todas para conversar com ele", continua.

Ela disse ainda acreditar na possibilidade de mudança de atitude por parte de Silvio Santos. "Eu acredito, sim. Tudo é [questão de] diálogo, [de] dar oportunidade para a conversa. Deixar o tempo agir um pouco."

O viúvo de Zé Celso, o ator Marcelo Drummond, entre outros membros do Oficina receberam a ministra da Cultura e realizaram um tour com ela pelo terreno antes do início do ato.

Estiveram presentes ao ato artistas e políticos como o maestro João Carlos Martins, o deputado estadual Eduardo Suplicy (PT), a ativista Preta Ferreira, a vereadora Luna Zarattini (PT) e a presidente da Funarte (Fundação Nacional de Artes), Maria Marighella.