O grupo Samba Independente dos Bons Costumes, do Rio de Janeiro, que foi expulso de um evento na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, por cantar canção em apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), soltou nota em suas redes em que defende a liberdade de expressão.
O grupo afirma defender que “a arte é ferramenta política essencial em nossa democracia, e o samba é político em sua essência. Ou seja, muito mais do que um gênero musical, o samba é instrumento de transformação sociopolítica. É preciso enxergar para além dos acordes”.
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A nota diz ainda reforçar que, “segundo o Artigo 5º, inciso IX da Constituição Federal de 1988, é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença”.
“Também reiteramos o nosso compromisso com o Estado Democrático de Direito e repudiamos veementemente qualquer ato de violência. Agradecemos o apoio e a compreensão de todas e todos”, encerra a nota.
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Relembre o caso
O grupo Samba Independente dos Bons Costumes tocou um sucesso do Grupo Revelação, com adaptações na letra para ficar contra Jair Bolsonaro (PL) e favorável ao ex-presidente Lula. O bairro é conhecido por abrigar moradores de classe alta.
Depois da apresentação da versão de “Tá Escrito”, parte do público começou a vaiar. Em seguida, algumas pessoas atiraram garrafas, copos, gelo e bebidas nos músicos.
Depois, disso, uma briga generalizada tomou conta do local, com apoiadores de Lula, que entoaram a versão, e os bolsonaristas que atacaram os sambistas. O grupo teve de deixar o palco e o evento foi encerrado por seguranças, segundo a coluna de Guilherme Amado, no Metrópoles.
Veja a adaptação do grupo de samba:
A canção original diz: “Erga essa cabeça, mete o pé e vai na fé, manda essa tristeza embora. Basta acreditar que um novo dia vai raiar, sua hora vai chegar”.
Após a adaptação, ficou assim: “Erga essa cabeça, mete o pé e vai na fé, manda o Bolsonaro embora. Basta acreditar que um novo dia vai raiar e o Lula vai ganhar”.