A ação por difamação que a cantora Daniela Mercury move contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) foi acolhida nesta quarta-feira (17) pela Procuradoria-Geral da República (PGR), após determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em abril deste ano, o filho do presidente Jair Bolsonaro (PL) publicou vídeo em que a voz da cantora era adulterada ao dizer que Jesus Cristo era gay.
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Indignada
"Fiquei indignada com a má-fé, a maldade e a desonestidade do uso de um vídeo adulterado. Estou pedindo indenização na Justiça pelos graves danos que isso me causa pessoalmente. Também me repugnam a deterioração do debate público, a fraude e o uso da mentira para promover uma ideia, qualquer que seja. Não é civilizado, e é covarde", afirmou Daniela na época.
Daniela disse ainda que o "vídeo foi fraudado para parecer que eu estava sendo desrespeitosa com os cristãos" e que as fake news são "o novo jeitinho" de se levar vantagem.
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"O objetivo de quem usa fake news é levar vantagem promovendo a desgraça alheia. É o novo jeitinho. Precisamos reagir com a verdade, com a elevação do debate público, com o diálogo entre quem pensa diferente. Tenho certeza de que esse vídeo prejudica minha carreira, gera ataques contra mim e grandes prejuízos financeiros. O vídeo foi fraudado para parecer que eu estava sendo desrespeitosa com os cristãos. Nas eleições passadas fui vítima de vários vídeos criminosos como esse. Não quero que isso aconteça de novo", disse.
Daniela declarou voto
A cantora, que recebeu Lula em sua casa em reunião de artistas em Salvador, disse que votará no petista e que a urgência é tirar Bolsonaro.
"Pretendo me engajar na campanha para lutar por políticas públicas e pelos direitos humanos dos mais frágeis. A situação dos brasileiros está muito ruim. Precisamos enfrentar a desigualdade. É preciso tirar o atual presidente. É a urgência do agora. Nesta eleição, eu votarei em Lula e manterei minha posição crítica, como artista e membro da sociedade civil, e continuarei exigindo de qualquer governante boas políticas públicas para todos".
Com informações da coluna de Ancelmo Gois