O presidente derrotado Jair Bolsonaro (PL) nomeou o policial militar André Porciúncula para a Secretaria Especial de Cultura, a menos de um mês de terminar seu mandato.
Porciúncula, foi subsecretário de Fomento da pasta, deixou o cargo para disputar uma vaga de deputado federal pelo PL da Bahia e ficou como suplente.
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Porciúncula, que teve papel irrelevante na secretaria, conseguiu algum destaque na imprensa ao recomendar que participantes de uma convenção pró-armas usassem R$ 1,2 bilhão de recursos da Lei Rouanet para produzir conteúdo a favor da política armamentista.
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Na ocasião, em um vídeo revelado pela Agência Pública, ele argumentou que os projetos culturais sobre armas são necessários para "trazer a pauta" para dentro de um "discurso de imaginário". Porciúncula defende filmes, podcasts, webséries que exaltem "a importância do armamento" para a "liberdade humana".
"R$ 1,2 bilhão estamos lançando agora de linha audiovisual. Que vocês podem usar para fazer documentário, filmes, webseries, podcasts. Para quê? Para trazer a pauta do armamento dentro de um discurso de imaginário. Trazer filmes sobre o armamento, da importância do armamento para a civilização, a importância do armamento para garantir a liberdade humana", afirmou.
R$ 20 mil em cinco dias
Na época em que era subsecretário de Incentivo e Fomento à Cultura, Porciúncula virou notícia após gastar R$ 20 mil em dinheiro público numa viagem de cinco dias a Los Angeles, em janeiro deste ano. A viagem teve duas reuniões de trabalho.
O valor se divide, segundo o Painel de Viagens do sistema do Ministério da Economia, entre R$ 10 mil com passagens de ida e volta e R$ 10 mil com hospedagem. Havia outras pessoas na comitiva, mas o gasto de R$ 20 mil se refere exclusivamente a Porciúncula.